RELAÇÕES COMERCIAIS
Tarifas de Trump já custaram US$ 35 bilhões às empresas globais
Por Redação - Em 21/10/2025 às 12:01 AM

A política tarifária de Trump elevou as taxas de importação norte-americanas aos maiores níveis desde a década de 1930
As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuam a pesar sobre as grandes corporações globais, mas o impacto começa a diminuir. Levantamento da Reuters mostra que as empresas somaram US$ 35 bilhões (R$ 187,9 bilhões) em custos relacionados às barreiras comerciais americanas, porém muitas vêm revendo para baixo suas projeções de prejuízo diante de novos acordos internacionais.
A política tarifária de Trump elevou as taxas de importação norte-americanas aos maiores níveis desde a década de 1930, provocando incerteza em cadeias de suprimentos e nos resultados financeiros de multinacionais. Mesmo assim, o cenário começa a se estabilizar: companhias que antes esperavam um impacto de até US$ 22,9 bilhões em 2025 agora calculam perdas menores graças a negociações que reduziram tributos sobre produtos vindos da União Europeia e do Japão.
Entre as empresas afetadas, a Toyota ainda lidera com uma estimativa de US$ 9,5 bilhões (R$ 51 bilhões) em custos, mas outras, como Remy Cointreau, Pernod Ricard e Sony, ajustaram suas previsões após a diminuição das tarifas. No Brasil, apenas um terço das exportações enfrenta taxa de 50%, devido às exceções abertas pelos EUA.
O presidente da Stellantis, Antonio Filosa, afirmou que as companhias já se adaptam ao novo ambiente comercial. “As tarifas se tornaram apenas mais uma variável de gestão. Estamos preparados para lidar com elas”, disse à Reuters ao anunciar um investimento de US$ 13 bilhões (R$ 69,8 bilhões) nas fábricas americanas.
Para especialistas, os acordos recentes sinalizam uma trégua parcial na guerra comercial iniciada por Trump, embora a incerteza permaneça. “Há a sensação de que chegamos a um ponto de equilíbrio, mas a complexidade seguirá alta”, avaliou Andrew Wilson, da Câmara de Comércio Internacional.
Mesmo com o alívio temporário, o presidente norte-americano voltou a mencionar tarifas adicionais de até 100% sobre produtos chineses, mantendo a tensão sobre o comércio global e o futuro das relações econômicas entre as duas maiores potências do mundo. (Agência Brasil)
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