GOVERNO TRUMP

Tarifas dos EUA sobre aço e alumínio deverão ter impacto menor no Brasil

Por Redação - Em 06/03/2025 às 10:04 AM

High Quality Galvanized Steel Pipe Or Aluminum And Chrome Stainl

A economia brasileira, que depende principalmente de commodities e tem menos exposição a uma indústria exportadora voltada para os Estados Unidos, tende a sofrer um impacto mais limitado

As tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre o aço e o alumínio brasileiros devem entrar em vigor em 21 de março, e o presidente Donald Trump planeja implementar “taxas recíprocas” no próximo mês. Embora o cenário traga incertezas, espera-se que o Brasil seja menos impactado do que outros países, como México e Canadá, que enfrentarão tarifas mais amplas e consequências mais severas.

Com a demanda nos Estados Unidos diminuindo, os produtores brasileiros podem buscar reduzir seus estoques e aumentar a oferta interna de aço e alumínio, o que poderia resultar em uma queda nos preços no mercado nacional. No entanto, o efeito dependerá de fatores como a oscilação do dólar e as futuras políticas comerciais dos EUA.

A economia brasileira, que depende principalmente de commodities e tem menos exposição a uma indústria exportadora voltada para os Estados Unidos, tende a sofrer um impacto mais limitado. O setor afetado pode tentar compensar a perda de demanda nos EUA buscando novos mercados, como na Europa e na China.

Embora a indústria brasileira deva continuar com o foco nas exportações, não é esperado que ela se concentre exclusivamente no mercado interno, já que as transações em dólar continuam sendo mais vantajosas. No entanto, as incertezas quanto à política comercial dos Estados Unidos podem afetar a estabilidade do mercado, já que o governo americano frequentemente ajusta suas decisões tarifárias.

A movimentação do dólar também será um fator crucial para determinar o impacto real das tarifas. Se a moeda americana se valorizar, as exportações brasileiras podem aumentar, mas com isso a oferta interna pode diminuir, o que levaria à elevação dos preços no Brasil. Contudo, a incerteza quanto à valorização do dólar persiste, especialmente devido à preocupação com uma possível recessão nos Estados Unidos e os impactos das políticas fiscais em andamento.

Nos últimos meses, o dólar tem mostrado sinais de desvalorização, o que pode contribuir para um cenário de incerteza no comércio global. Em 5 de março, o índice DXY, que compara o valor do dólar com outras moedas, caiu 1,15%, atingindo o menor nível em quatro meses.

Embora a guerra comercial e as tarifas americanas apresentem desafios, o Brasil parece estar em uma posição relativamente mais favorável em comparação com outros países. O futuro do comércio global dependerá da evolução das políticas dos EUA e dos movimentos da moeda americana nos próximos meses.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business