O presidente Michel Temer autorizou, através de uma Medida Provisória, investimentos de até 100% de origem estrangeira nas companhias aéreas que operam voos regulares em todo o território nacional. O ministro do Turismo, Vinícius Lemmertz, já havia se posicionado favoravelmente ao tema.

Investimentos como esse poderiam ter evitado o pedido de recuperação judicial da Avianca, que possui uma parceria estratégica com a United Airlines na Colômbia, e a gigante norte-americana já demonstrou interesse em investir no mercado aéreo brasileiro.

As companhias já têm participação, ou pertencem a grupos internacionais, mas havia um limite de 20%. “É salutar para o mercado, pois temos muitos aeroportos parados no interior. Mas, é preciso que as companhias também realizem voos regionais, a fim de ampliar a malha aérea em todo o território nacional”, explicou o titular da Setur, Arialdo Pinho.

Ele ressalta que nas regiões Norte e Nordeste existem pistas apropriadas para operar aeronaves de grandes companhias, mas não existem voos. Apenas algumas empresas de táxi aéreo realizam esse tipo de viagem.

“Portanto, para abrir esse capital, as companhias estrangeiras deveriam voar 60% para as principais cidades, mas ter de realizar 40% de operações regionais, o que traria uma expansão muito positiva para o mercado”, completou Arialdo.

A MP assinada por Temer tem validade de 120 dias, pois precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Entretanto, como haverá o recesso de fim de ano, o prazo deverá ser estendido até perto do fim do primeiro semestre de 2019.

Avianca pediu recuperação judicial, mas United Airlines tem interesse em investir na aérea nacional

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