Corrida premium
Tênis de luxo e novas experiências: os planos da Hoka no Brasil
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 02/05/2025 às 10:22 AM

Modelos, como o Clifton e o Bondi, custam entre R$ 1.299 e R$ 1.499 no Brasil e atraem não apenas atletas, mas também profissionais em busca de conforto Foto; Divulgação
A corrida virou um fenômeno cultural — e a francesa Hoka, uma das protagonistas dessa nova onda, quer correr ainda mais longe no Brasil. Em crescimento acelerado, a marca de tênis esportivos aposta na abertura de lojas próprias e em mais pontos de contato com consumidores como estratégia para consolidar sua presença no país.
Conhecida pelo design maximalista e pelo conforto, a Hoka triplicou sua receita no Brasil nos últimos três anos e deve dobrar o faturamento em 2025, segundo conta Bruno Abilel, diretor de negócios do Grupo Aste, que opera a marca localmente, em entrevista à Blomberg Línea.
Os números exatos são mantidos sob sigilo, mas o movimento reflete a força global da marca, que fechou 2024 com US$ 1,8 bilhão em vendas no mundo, alta de 27,9% sobre o ano anterior.
Criada em 2009 e comprada pela americana Deckers em 2013, a Hoka começou nas trilhas e ganhou os corredores urbanos — de Nova York à Faria Lima. Seus modelos, como o Clifton e o Bondi, custam entre R$ 1.299 e R$ 1.499 no Brasil e atraem não apenas atletas, mas também profissionais em busca de conforto para longas jornadas em pé.
Posicionamento e mercado
A expansão física é estratégica. Hoje com três lojas (São Paulo, Curitiba e Rio), a Hoka deve ultrapassar dez unidades em “pouco tempo”, com espaços maiores e mais focados em experiência. A ideia é competir em igualdade com marcas que já investem nesse tipo de ativação, como Asics e Mizuno.
O varejo digital segue forte, mas o físico é visto como central para construção de marca — sobretudo em praças onde o reconhecimento ainda é menor, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Mesmo atuando no segmento premium, com preços que chegam a R$ 2.499, a operação brasileira tem conseguido reter consumidores que descobrem a marca no exterior. “Com o câmbio atual, a diferença de preços caiu. E aqui o consumidor tem troca fácil, parcelamento e mais segurança”, resume Abilel.
Com um mercado interno em ebulição — o Brasil já soma 13 milhões de corredores, segundo a Box1824 —, a Hoka aposta que experiência de marca e produto de desejo formam uma combinação que ainda tem muita pista pela frente.
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