O advogado cearense Tomás Figueiredo, especialista na área de mineração, foi indicado para integrar a diretoria das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), peça-chave na condução do programa nuclear brasileiro. A indicação foi realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), e ele assumirá a Diretoria de Recursos Minerais, posição estratégica em um momento de renovado interesse global por fontes energéticas limpas e de alta capacidade.

Tomás Figueiredo terá diversos desafios estratégicos em seu  novo cargo na diretoria da INB                                                Foto: Divulgação

“Este é um desafio muito grande, assumir um papel tão relevante, numa empresa que tem o monopólio na extração e fabricação do combustível nuclear no Brasil, ainda mais nesse momento onde a energia térmica de matriz nuclear volta à cena como a principal fonte energética de grande escala, sem emissão de CO². Só ela é capaz de garantir o suprimento energético que a sociedade atual vem demandando cada vez mais”, ressalta Figueiredo.

À frente da diretoria da estatal vinculada ao Governo Federal, o cearense terá participação direta em projetos estruturantes para o futuro do setor, entre eles a retomada das obras da usina de Angra 3, no Rio de Janeiro, e o início da exploração da Mina de Itataia, no município de Santa Quitéria, interior do Ceará e sua cidade natal. O projeto de Itataia, fruto de parceria entre a INB e a Galvani Fertilizantes, ainda aguarda definições relativas a questões ambientais para entrar em operação.

Ciente da responsabilidade que o novo cargo exige, Figueiredo demonstra compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento do Brasil. “Nossa missão é ampliar a produção de urânio para atender à demanda que o Brasil precisa, garantindo uma boa convivência com as comunidades nos territórios, a segurança nas operações e minimizando os impactos ao meio ambiente”, afirma.

A nomeação representa não apenas um reconhecimento técnico à trajetória de Tomás Figueiredo, mas também reforça a presença de profissionais nordestinos em posições estratégicas no setor energético nacional. A Indústrias Nucleares do Brasil é responsável por todas as etapas do ciclo do combustível nuclear no País e desempenha papel central no planejamento energético de longo prazo do Brasil.