O desempenho foi impulsionado pelos mercados domésticos de Brasil, Argentina e Peru, responsáveis por mais de 80% do avanço mensal

O transporte aéreo na América Latina e no Caribe manteve ritmo de expansão em agosto, alcançando 40,7 milhões de passageiros, alta de 4,3% em relação a igual mês de 2024, conforme levantamento da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta). O desempenho foi impulsionado pelos mercados domésticos de Brasil, Argentina e Peru, responsáveis por mais de 80% do avanço mensal.

O Brasil liderou o movimento, registrando 8,7 milhões de passageiros em voos domésticos, o maior volume já contabilizado para o mês de agosto. O crescimento de 8,6% sobre o ano anterior foi o mais expressivo entre os seis maiores mercados domésticos do mundo. No tráfego internacional, a alta chegou a 13,1%, impulsionada pelo aumento de 38% nas chegadas de turistas estrangeiros ao país.

A Argentina teve o maior crescimento proporcional da região, com elevação de 14,4% no total de passageiros — sendo 19,1% no mercado interno e 10,6% no internacional — superando em 6% o nível pré-pandemia de 2019 e atingindo o melhor resultado histórico para o mês.

Na comparação regional, a capacidade (medida em assentos-quilômetros disponíveis, ASK) subiu 4,7%, enquanto a demanda (RPK) aumentou 4,8%, mantendo a taxa média de ocupação em 85%. O uso de aeronaves de maior porte fez a oferta total de assentos crescer 2,5%.

“O aumento da conectividade dentro da própria região tornou-se o principal motor de expansão do setor aéreo latino-americano”, destacou Peter Cerdá, CEO da Alta.

Peru e Equador também contribuíram para o avanço, com altas respectivas de 6,5% e 4,2%, sustentadas por rotas regionais. Na América Central e no Caribe, Panamá e República Dominicana se destacaram com crescimentos de 11,5% e 6%.

Por outro lado, alguns grandes mercados apresentaram desempenho abaixo da média regional. O México teve aumento modesto de 1,3% no total de passageiros, enquanto Colômbia (-0,1%) e Chile (-0,2%) registraram leves quedas, sendo este o primeiro resultado negativo chileno em 2025.

No acumulado de janeiro a agosto, o tráfego aéreo regional somou 320,6 milhões de passageiros, representando um crescimento de 3,8% na comparação anual.