DEMANDA AQUECIDA
Transição energética pode exigir até 1,5 milhão de novos engenheiros até 2030
Por Redação - Em 01/10/2025 às 10:24 AM

A escassez de mão de obra qualificada já é um desafio para 40% dos líderes do setor.
A transição global para fontes renováveis deve pressionar ainda mais a demanda por profissionais especializados em energia. Um levantamento realizado pela Kearney em parceria com a IEEE Power and Energy Society estima que, até 2030, serão necessários entre 450 mil e 1,5 milhão de engenheiros de energia para acompanhar as transformações do setor — o dobro do contingente atual.
No Brasil, o estudo aponta a criação de aproximadamente 7,5 milhões de empregos ligados à expansão da matriz elétrica sustentável. O país tem a meta de alcançar 81% de geração por fontes renováveis até 2029, apoiada por investimentos de cerca de US$ 100 bilhões em leilões e contratos de fornecimento.
A pesquisa, conduzida com quase mil profissionais em 37 países, indica que a escassez de mão de obra qualificada já é um desafio para 40% dos líderes do setor. Segundo Claudio Gonçalves, sócio da prática de energia da Kearney, a combinação entre aumento do consumo de eletricidade e avanço tecnológico torna o déficit de talentos ainda mais crítico. Projeções apontam crescimento de mais de 50% na demanda global de energia elétrica até 2040.
Outro ponto de atenção é a alta rotatividade. Desde 2021, quase metade dos engenheiros de energia mudou de função, de empresa ou até deixou o setor. Burnout, falta de perspectivas de carreira e atividades pouco desafiadoras aparecem como os principais motivos.
O levantamento também mostra que países como Alemanha, Índia, EUA e Brasil estão direcionando políticas públicas e investimentos para infraestrutura energética, o que deve acelerar a geração de empregos em diferentes áreas da cadeia de energia.
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