Nova Avenida Beira-Mar de Fortaleza é um dos maiores motivos do crescimento significativo das atividades turísticas no Ceará                                                                              Foto: Jade Queiroz/MTur

O turismo doméstico no Brasil vive um momento de franca expansão e reafirma sua relevância como um dos principais pilares da economia nacional. Entre janeiro e maio deste ano, o setor alcançou um faturamento recorde de R$ 90,4 bilhões, o maior volume já registrado desde o início da série histórica em 2012. O desempenho representa um crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2024, segundo levantamento da FecomercioSP, com base em dados do IBGE.

No panorama regional, o Nordeste segue como protagonista na retomada turística, com destaque para o Ceará, que apresentou alta de 9,4% no período – a segunda maior taxa da região, atrás apenas da Bahia (12,5%) e à frente do Rio Grande do Norte (7,5%). O resultado reforça o papel estratégico do Estado como destino competitivo no cenário nacional.

O mês de maio, isoladamente, trouxe novo marco para o setor: R$ 17 bilhões em faturamento, o maior já registrado para o período, com crescimento de 8% frente ao mesmo mês do ano anterior. O desempenho foi celebrado pelo titular do Ministério do Turismo (MTur), Celso Sabino, como reflexo direto da política de valorização do setor e consolida uma tendência de expansão consistente.

“Os números que a FecomercioSP traz são espetaculares e coroam todo o trabalho que vem sendo feito para impulsionar o turismo brasileiro, que voltou a ser uma das prioridades no Governo Federal. Ficamos felizes e satisfeitos em ver que o brasileiro está conhecendo o próprio país, que não deve em nada para outros destinos em termos de atrativos dos mais variados tipos”, celebra o titular do Ministério do Turismo (MTur), Celso Sabino.

Transporte aéreo, hospedagem e agências puxam alta

Todos os segmentos analisados pelo estudo registraram avanço em maio, com destaque para o transporte aéreo de passageiros, que atingiu R$ 4,3 bilhões em faturamento, com expansão de 12% em relação a 2024 – representando um acréscimo de R$ 460 milhões em um único ano. O setor de alojamento também teve desempenho expressivo: alta de quase 16%, com movimentação de R$ 1,9 bi. Fechando os destaques do mês estão as agências de viagens, operadoras de turismo e serviços correlatos, que cresceram 6,4%, somando R$ 1,3 bilhão em receita.

Ao ser realizado um estudo por região do Brasil, os números revelam que a Sudeste obteve as maiores taxas de crescimento, com liderança para o Rio de Janeiro (11,9%), seguido de Espírito Santo (11,6%) e São Paulo (6,4%). Já na Nordeste, Bahia (12,5%), Ceará (9,4%) e Rio Grande do Norte (7,5%), lideraram os volumes de expansão em todo o território nacional.

No Sul do Brasil, Santa Catarina (9,5%) liderou as taxas de crescimento, seguida pelo Rio Grande do Sul (4,6%) e Paraná (4,9%). No Norte do Brasil, Amazonas (7,6%) ficou à frente de Tocantins (6,4%) e Pará (4,4%)  no acumulado de janeiro a maio. E no Centro-Oeste, Goiás (6,4%) lidera, tendo Mato Grosso do Sul (2%) e Distrito Federal (1,6%) vindo logo na sequência.

Os dados reafirmam que o turismo interno é mais do que uma vertente de lazer – trata-se de um motor econômico robusto, que ativa cadeias produtivas, gera empregos e movimenta o mercado interno com capilaridade. Com políticas públicas articuladas e investimentos estratégicos, o Brasil consolida seu potencial como um dos maiores mercados turísticos do Hemisfério Sul.