O crescimento nos gastos acompanha outro marco relevante: o país recebeu mais de 4,4 milhões de visitantes internacionais no período Foto: Divulgação/Embratur

O turismo internacional segue em ritmo acelerado no Brasil. De janeiro a abril deste ano, viajantes estrangeiros deixaram US$ 3,09 bilhões na economia nacional — o equivalente a R$ 17,6 bilhões pela cotação média do período. O montante representa um salto de 15,2% em relação ao mesmo quadrimestre de 2024 e estabelece um novo recorde histórico para o setor.

O crescimento nos gastos acompanha outro marco relevante: o país recebeu mais de 4,4 milhões de visitantes internacionais no período, alta de 51% na comparação anual.

Para efeito de escala, esse número só foi alcançado em agosto do ano passado, o que mostra uma antecipação incomum da demanda estrangeira pelos destinos brasileiros.

Alta demanda e efeito em cadeia

Só em abril, o Brasil contabilizou a entrada de US$ 693 milhões (R$ 3,94 bilhões) provenientes do turismo internacional — cerca de 12% acima do registrado no mesmo mês do ano anterior. Segundo a Embratur, o desempenho positivo está diretamente ligado à ampliação da malha aérea e à maior inserção do Brasil no mapa global do turismo. No mês, o volume de passageiros em voos internacionais superou 2 milhões pela primeira vez na história, avanço de 17,2% na comparação anual.

Para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, os dados refletem uma mudança de postura no tratamento do setor. “O turismo passou a ser visto como política pública, com impacto direto no emprego e no desenvolvimento. Quando um turista internacional escolhe o Brasil, movimenta toda uma cadeia produtiva, do pequeno empreendedor ao grande investidor”, destaca.

Meta anual mais próxima

Com o desempenho robusto do primeiro quadrimestre, o país já alcançou 64% da meta de 6,9 milhões de turistas estrangeiros prevista pelo Plano Nacional de Turismo (PNT) até o fim de 2025. Só em abril, o fluxo internacional foi de 686,2 mil pessoas, um crescimento expressivo de 72% em relação ao mesmo mês do ano passado.

A expectativa do setor é de que o Brasil continue capitalizando esse movimento, especialmente em destinos com potencial para combinar natureza, cultura e experiências de alto valor agregado.