Enquanto esses países avançam em negociações para evitar o impacto das tarifas, o Brasil ainda enfrenta obstáculos para estabelecer um diálogo formal com os EUA FOTO: Pixabay

A apenas nove dias da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o Brasil ainda não conseguiu avançar em negociações oficiais com os Estados Unidos para evitar o aumento das taxas. Enquanto isso, outros países rapidamente firmaram acordos com Washington, garantindo condições comerciais mais favoráveis.

O Japão foi o último a fechar um acordo, reduzindo sua tarifa para 15%, abaixo dos 25% inicialmente previstos. Além disso, Tóquio comprometeu-se a investir US$ 550 bilhões nos Estados Unidos, fortalecendo a parceria entre os países.

A Indonésia, por sua vez, conseguiu zerar as tarifas sobre mais de 99% do comércio americano com o país, e os EUA reduzirão suas tarifas de 32% para 19% sobre produtos indonésios. Já as Filipinas garantiram uma tarifa de 19% para seus produtos exportados aos EUA, enquanto os americanos não pagarão tarifas sobre os produtos filipinos.

O Reino Unido, parceiro histórico dos EUA, fechou acordo em maio que reduz as tarifas para os setores automotivo e aeroespacial. Além disso, o acordo permite que até 100 mil carros britânicos sejam importados com uma alíquota de 10%, que corresponde exatamente ao volume exportado em 2024. Qualquer carro acima dessa cota será taxado em 27,5%.

Outro parceiro importante, o Vietnã, conseguiu negociar uma tarifa de 20%, bem abaixo dos 46% que seriam aplicados sem acordo. O país é a sexta maior fonte de importações dos EUA, tornando o acordo crucial para manter o fluxo comercial.

Enquanto esses países avançam em negociações para evitar o impacto das tarifas, o Brasil ainda enfrenta obstáculos para estabelecer um diálogo formal com os EUA e garantir condições comerciais semelhantes.