O destaque de 2024 ficou por conta do comércio digital, que continuou a se expandir FOTO: Freepik

O comércio varejista brasileiro teve um desempenho misto em dezembro de 2024, com uma retração de 3,5% nas vendas em relação a novembro, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Apesar da queda mensal e de um recuo de 1,7% em comparação a dezembro de 2023, o ano de 2024 foi positivo para o setor, com um crescimento acumulado de 0,6% em relação ao ano anterior.

A desaceleração das vendas no final de ano, especialmente durante a semana do Natal, que ficou 2,3% abaixo do esperado, ajudou a explicar a queda de dezembro, de acordo com o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, Matheus Calvelli. No entanto, ele ressaltou que o resultado do último mês não foi suficiente para reverter os ganhos do ano, que, no geral, demonstraram uma recuperação gradual após um período de instabilidade econômica.

O destaque de 2024 ficou por conta do comércio digital, que continuou a se expandir. Embora as vendas no segmento físico tenham registrado uma queda de 4,2% em dezembro, o e-commerce teve um crescimento de 3,4% no mesmo mês. Ao longo do ano, o comércio online foi o principal motor de crescimento, com uma alta de 7,7%, enquanto o varejo físico apresentou uma retração de 2,1%.

Setores como combustíveis e lubrificantes e artigos farmacêuticos foram os que mais se destacaram no acumulado de 2024. O segmento de combustíveis teve o melhor desempenho anual, com alta de 3,1%, enquanto os artigos farmacêuticos cresceram 2,5%.

Em termos regionais, o crescimento foi mais expressivo em algumas regiões do país. Roraima liderou, com uma alta de 3,9%, seguido por Sergipe (3,5%), Rondônia (2,2%), Pará (1%) e Goiás (0,9%). Esses resultados positivos indicam que, apesar da retração generalizada no mês de dezembro, algumas regiões e setores conseguiram superar os desafios econômicos de 2024.