O Infinite Privilege nasceu no Canadá e hoje é oferecido também na Índia e nos Emirados Árabes Unidos Foto: Divulgação/Visa

O Brasil acaba de entrar para a seleta lista de países que contam com o cartão Infinite Privilege da Visa, produto mais exclusivo da bandeira americana e voltado a um grupo diminuto de brasileiros: os que transitam no topo da pirâmide financeira, com renda mensal acima de R$ 300 mil e patrimônio estimado em, no mínimo, R$ 30 milhões.

Apresentado oficialmente na terça-feira (27), em um encontro privado na residência do country manager da Visa Brasil, Nuno Lopes Alves, em Alphaville (SP), o produto representa uma aposta no que a marca define como “luxo silencioso”. Um conceito que substitui a ostentação explícita por experiências sofisticadas e personalizadas – de um jantar com menu assinado pela chef Bel Coelho a um embarque prioritário para onde quer que se vá, passando por encontros com artistas, visitas a boutiques após o expediente e traslados de helicóptero.

Segmento em ascensão silenciosa

O Infinite Privilege nasceu no Canadá e hoje é oferecido também na Índia e nos Emirados Árabes Unidos. A chegada ao Brasil foi desenhada nos últimos dois anos com adaptações específicas para o mercado local.

Uma das novidades é o lounge exclusivo no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, assinado pela arquiteta Pierina Piemonte, com carta de drinques do premiado mixologista Gabriel Santana. O espaço deve ser inaugurado antes mesmo do lançamento oficial dos primeiros cartões, previsto para julho.

Outra aposta de peso é a parceria com a plataforma Revo, que oferece serviços de mobilidade aérea sob demanda. Tudo será administrado por um concierge de perfil raro – ou, como define a Visa, um lifestyle manager com dedicação exclusiva e foco absoluto na hiperpersonalização. A função, inspirada no modelo da britânica Quintessentially, busca antecipar desejos e viabilizar experiências únicas.

“Estudamos a fundo o comportamento e as expectativas desse público. Não se trata apenas de empacotar um produto estrangeiro para o Brasil. Buscamos compreender o estilo de vida de quem ocupa esse 0,1% da população e oferecer algo que converse com a sua realidade”, afirmou Nuno Lopes Alves.

Clube fechado

A entrada no Infinite Privilege será, como se espera de um clube de altíssimo padrão, apenas por convite, e sob os critérios definidos pelos bancos emissores. Esses também serão os responsáveis por detalhar as funcionalidades e anuidades da nova categoria. Em troca, ganham o que chamam de “principalidade”, a fidelidade integral do cliente, que passa a concentrar relacionamento, investimentos e consumo sob a mesma instituição.

A Visa, por sua vez, pretende usar seu vasto portfólio de patrocínios em eventos globais para estreitar a relação com esse público. Fórmula 1, NFL, Copa do Mundo e Mundial de Clubes são algumas das arenas em que a empresa deve reforçar a presença do Infinite Privilege – sem holofotes em excesso, mas com a discrição e o requinte que o luxo contemporâneo exige.

“Estamos diante de uma nova forma de expressar status. São sinais sutis, quase imperceptíveis para quem está fora. O que importa não é mais o que você mostra, mas o que você vive – e com quem”, finalizou Alves. (Com informações da Bloomberg Línea)