DESTAQUE GLOBAL
ZPE Ceará avança o protagonismo global com projeto bilionário de amônia verde
Por Marcelo Cabral - Em 14/07/2025 às 3:04 PM

ZPE Ceará receberá investimentos de R$ 12 bilhões para a planta de amônia verde Foto: Divulgação
Em um passo estratégico para consolidar o Ceará como um dos principais polos da nova economia verde no cenário internacional, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Ceará, em articulação com o Governo do Estado, celebrou a aprovação, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do financiamento para a fase de engenharia do projeto de produção de amônia verde, que será instalado dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Com investimentos estimados em mais de R$ 12 bilhões, o empreendimento é conduzido pela Casa dos Ventos, em parceria com a multinacional francesa TotalEnergies. A usina, que terá capacidade para produzir 900 mil toneladas de amônia verde por ano, desponta como uma das maiores iniciativas do gênero em desenvolvimento no Hemisfério Sul. O apoio financeiro aprovado pela Finep – empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – soma R$ 113,5 milhões e cobre as etapas de engenharia do projeto, crucial para sua viabilização.
Referência global em transição energética
Para Fábio Feijó, presidente da ZPE Ceará, a decisão da Finep sinaliza confiança na estratégia industrial adotada pelo Estado e reforça a liderança cearense no processo de transição energética. “Ao lado da Finep, do Governo Federal e sob a liderança do governador Elmano de Freitas, o Ceará reafirma sua vocação para liderar a transformação energética do Brasil. Este projeto transforma conhecimento em oportunidade, tecnologia em desenvolvimento e energia limpa em emprego e renda para os cearenses”, destaca Feijó.
Ele ressalta ainda o papel técnico e institucional desempenhado pela ZPE na convergência entre as diretrizes do regime de zona franca e os objetivos estratégicos da Finep. O escopo do financiamento contempla tanto os estudos preliminares de viabilidade e definição de escopo (pré-FEED) quanto o projeto técnico detalhado (FEED), fases determinantes para atrair novos investidores e estruturar cadeias produtivas baseadas em inovação, sustentabilidade e geração de valor no território cearense.
Integração entre academia, indústria e tecnologia
Além do impacto direto sobre a estrutura industrial do Estado, o projeto traz consigo um componente formativo e científico de grande relevância. O financiamento viabilizado extrapola os limites da engenharia e reforça o potencial de nacionalização de tecnologias críticas, da formação de competências técnicas locais e da interação entre indústria e academia. Estão previstas parcerias com instituições de ensino superior do Estado, incluindo o futuro campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em Fortaleza.
Esse movimento evidencia a capacidade do Ceará de articular governos, empresas e centros de pesquisa em torno de uma visão moderna de desenvolvimento. “A articulação demonstra como Estado, empresas e instituições podem construir, de forma coordenada, um modelo de desenvolvimento capaz de conciliar competitividade internacional, inovação tecnológica e compromisso com a sustentabilidade e a inclusão produtiva”, afirma Fábio Feijó.
A aprovação do financiamento marca um novo capítulo na trajetória da ZPE Ceará, agora posicionada de forma estratégica na geopolítica do Hidrogênio Verde (H²V) e da transição para uma economia de baixo carbono, com potencial de transformar profundamente a matriz econômica regional e projetar o Estado no centro das atenções globais.
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