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Academia Brasileira de Cinema escolhe “O Agente Secreto” para representar o Brasil no Oscar 2026

Por Marlyana Lima - Em 15/09/2025 às 1:12 PM

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Wagner Moura é o protagonista do filme O Agente Secreto que representará o Brasil na disputa pelo Oscar – Foto: Divulgação

A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda-feira (15) que o filme “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho, será o representante oficial do Brasil na disputa pelo Oscar 2026. A decisão foi tomada por um comitê de 15 membros e encerra uma disputa que vinha se intensificando na última semana, especialmente com o crescimento da campanha de “Manas”, de Marianna Brennand.

“O Agente Secreto” já havia se destacado no cenário internacional ao conquistar dois prêmios no Festival de Cannes deste ano: Melhor Ator para Wagner Moura e Melhor Direção para Kleber Mendonça Filho. O longa também foi exibido em festivais prestigiados, como Toronto e Telluride, e já está confirmado em mais de 20 festivais ao redor do mundo.

A Vitrine Filmes confirmou que o longa estreia oficialmente nos cinemas brasileiros em 6 de novembro.

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Durante o evento de anúncio, a produtora Sara Silveira fez um discurso emocionado, lembrando de “Ainda Estou Aqui”, o primeiro filme brasileiro a vencer um Oscar. Para ela, o momento vivido pelo cinema nacional e por “O Agente Secreto” é histórico.

Agente Secreto

O Agente Secreto tem direção de Kleber Mendonça Filho levou duas estatuetas em Cannes

Ambientado no Recife de 1977, o filme é um thriller político que acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que tenta escapar de um passado misterioso e retorna à cidade em busca de paz. No entanto, descobre que o Recife está longe de ser o refúgio que imaginava.

Em entrevista à CBN, Kleber Mendonça ressaltou que, embora a história se passe durante a ditadura militar, não se trata de um filme sobre o regime: “O fato de ele passar em 1977 não faz do filme automaticamente e obrigatoriamente um filme sobre ditadura. O filme é um retrato histórico do Brasil. O filme se passa no Brasil de 50 anos atrás. E a palavra ditadura não está no filme. Acho que é isso que eu posso falar.”

Além de “Manas”, também disputavam a vaga:

“Baby”, de Marcelo Caetano

“Kasa Branca”, de Luciano Vidigal

“O Último Azul”, de Gabriel Mascaro

“Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi

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