Rubens Matuck

No início do mês, o artista plástico Rubens Matuck abriu sua nova exposição, intitulada “Tudo é Semente”, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa.

Com curadoria de Sofia Marçal, a exposição é composta pela singular combinação de elementos da natureza, sementes, que se traduzem numa ideia que não pretende representar a sistematização cientifica, nem apresentar informações e dados sobre as espécies.

De acordo com a curadora, “é um estudo sobre escultura contemporânea, com referências a escultores que eu gosto. A influência do construtivismo russo, de Vladimir Tatlin, de Aleksandr Rodchenko, de El Lissitzky e de Naum Gabo. Aprofundo a função da madeira, a história cultural da madeira, da árvore”, diz Sofia.

Tudo é Semente

Em seu ateliê, Rubens reúne um enorme acervo de sementes recolhidas em suas viagens, sendo sementes voadoras, flutuantes, giratórias, perfurantes e tantas outras que poderão se tornar árvores um dia.

“É a semente que dita ao vento aonde e como levá-la. É a semente que escolhe o pássaro ou a brisa que a vai carregar para o germinadouro. É a semente que determina quais vizinhas- árvores quer ter. Seu desenho é a prova de sua vontade de viver e crescer. Ao mesmo tempo que é uma grande estrategista, toda semente também é uma promessa, a narrativa de um futuro, a garantia de toda e qualquer esperança se deposita na semente”, analisa Rubens Matuck.

A exposição, com apoio da Universidade de Lisboa, fica aberta para visitação até o dia 29 de novembro.