ATÉ R$ 108 milhões

Bunkers de luxo atraem bilionários como refúgio contra crises globais

Por Redação - Em 23/08/2025 às 12:01 AM

Bunker

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O mercado imobiliário de alto padrão vem explorando um novo nicho: os bunkers de luxo. Diferente dos tradicionais abrigos subterrâneos, pensados apenas para garantir a sobrevivência, esses empreendimentos oferecem conforto e sofisticação, combinando segurança com experiências semelhantes às de um resort.

Projetados para resistir a catástrofes naturais, conflitos armados e até falhas em redes elétricas, os espaços contam com spas, gastronomia de alto nível e projeções digitais que simulam paisagens externas. A proposta é transformar a ideia de “sobreviver ao fim do mundo” em uma vivência de exclusividade.

O conceito já conquistou nomes como Mark Zuckerberg, da Meta, que planeja erguer um complexo no Havaí, e Jeff Bezos, fundador da Amazon, que também investe em estruturas de proteção privadas. A empresa americana Safe, por sua vez, anunciou o projeto Aerie, que prevê a construção de mais de mil abrigos subterrâneos em cidades ao redor do mundo.

Bunker De Luxo

Os espaços contam com spas, gastronomia de alto nível e projeções digitais que simulam paisagens externas

Segundo Naomi Corbi, diretora de Operações da companhia, a adesão funciona como um clube restrito, disponível apenas por convite. Os preços variam de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10,8 milhões) a US$ 20 milhões (R$ 108 milhões), conforme o tamanho do espaço. Todos os abrigos oferecem suprimentos, serviços médicos ilimitados e independência de energia externa.

As instalações contam ainda com medidas incomuns, como celas internas para casos de conflitos entre moradores ou funcionários, além de sistemas que bloqueiam qualquer forma de espionagem eletrônica. Classificados como SCIFs — estruturas de alta segurança usadas inclusive em governos —, os bunkers refletem uma tendência crescente entre milionários que buscam garantir proteção em meio a incertezas geopolíticas e ambientais.

Questionada sobre clientes no Brasil, Corbi não deu detalhes, mas admitiu que o país desperta interesse da companhia. “O Brasil não está alheio às preocupações com segurança”, afirmou.

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