Cultura Integrada

CASACOR Bahia 2025 insere arte como eixo central e amplia diálogo com o mercado

Por Paulla Pinheiro - Em 14/08/2025 às 1:01 AM

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Suíte Entrelaços, por Nath Veloso – Foto: MCA Estúdio

A edição 2025 da CASACOR Bahia reforça seu vínculo com as artes visuais, transformando seus ambientes em espaços de reflexão estética e integração simbólica. Até 7 de setembro, na Casa Nossa Senhora das Mercês, em Salvador, a mostra vai além do design e da arquitetura, incorporando curadorias autorais, parcerias com galerias e seleções exclusivas que fazem da arte protagonista.

Living Carmel, de Daniela Lopes, em parceria com a Penacal Galeria, promove um encontro entre o clássico e o contemporâneo. No Café Lounge Florar, Neto Cunha convidou Igor Vidor para criar uma curadoria sobre afeto, resistência e transformação. O espaço Galeria de Arte Mário Brito, assinado por Frederico Jordan, Celeste Leão e Pedro Mahcario, apresenta um recorte da arte nordestina com materiais naturais e mobiliário orgânico.

A AVE Bilheteria, dos NN Arquitetos, integra esculturas de Osmundo Teixeira e obras de Guel Silveira, sob curadoria da Zeca Fernandes Galeria de Arte. O Atelier Acervo Arte e Bossa, de Gabriel Gois, homenageia o artista sergipano Véio com curadoria da Galeria M Depósito de Arte. Já o Restaurante Massa, de David Bastos, reúne 105 obras selecionadas com Paulo Darzé, incluindo nomes como Carybé, Pierre Verger e Lasar Segall.

A Suíte Entrelaços, de Nath Veloso, traz obras da Galeria RV e da Usina Galeria, incluindo trabalhos de Marcos da Matta. O Living Vitória-Régia, da Avelo Arquitetura, integra acervo da Acervo Galeria e da Usina Galeria. Na Casa Madre, Gabriel Magalhães divide curadoria com Gabriela Daltro, a Penacal e a Usina Galeria. O ambiente Rito Selvagem, de Mázia Arquitetura, se conecta à produção da artista Mabell Fontes.

O Espaço D’Arte, de Wesley Lemos, une arte contemporânea, popular e religiosidade afro-brasileira, com destaque para o nanquim de Leila Wysocki retratando Exu. No Living Carmel, as obras ganham nova camada narrativa; no Atelier Acervo Arte e Bossa, a curadoria homenageia memórias e territórios.

Entre as mostras coletivas, a Geometria 7.0 celebra os 70 anos de Guel Silveira; a loja Artesanato da Bahia valoriza o trabalho manual e a identidade regional; e a Galeria Usina conecta diferentes gerações e linguagens.

Na seleção feita pelos próprios profissionais, a Sala da Renúncia, de Hugo Ribeiro, apresenta tapeçaria de Renan Stivan, obras inéditas de Arthur Rios e “Vertigem”, de Luiz Luna. O Ateliê de Tebas, de João Gabriel, evoca ancestralidade negra com trabalhos de Emerson Rocha, Elson Junior e Mario Vasconcelos. No Family Room, de Ian Carvalho, aparecem obras como a intervenção de Gustavo Maciel e tapeçaria de Dana Wig. Já o Lavabo Terra e Sala, de Andressa Matos, valoriza artesãos baianos com curadoria de Olindina Guedes. Em Entre Ondas, primeiro ambiente da Escola de Belas Artes da UFBA, Bruna Dória reúne artistas mulheres como Maria Adair, Graça Ramos, Viga Gordilho e Sandra De Berduccy.

A pluralidade de artistas — de nomes como Calasans Neto e Claudia Andujar a Rynnard e Leandro Estevam — destaca a CASACOR Bahia como plataforma cultural expandida, onde arte, arquitetura e mercado se encontram em diálogo constante.

Confira fotos dos espaços.

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