Projeto da Rua da Música, na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba – Estúdio André Henning

Um dos pontos mais emblemáticos da cena cultural de Curitiba, a Pedreira Paulo Leminski inaugura, no dia 18 de julho, uma nova etapa em sua história com a abertura da Rua da Música — projeto da DC Set Group que une gastronomia, arquitetura, arte e memória em um circuito pensado para integrar diferentes públicos ao entorno do Parque Jaime Lerner.

Com cinco restaurantes e uma proposta cenográfica inspirada em ritmos musicais, a Rua da Música propõe uma nova leitura sensorial do espaço que conecta a Pedreira à vizinha Ópera de Arame. A curadoria visual é do arquiteto André Henning, reconhecido por obras que cruzam arquitetura comercial e narrativa emocional. Henning assina também o projeto da exposição Geração Pedreira, que contará, em mostra permanente, a trajetória do espaço ao longo das décadas.

Cada restaurante ganhou atmosfera própria, construída a partir de sons, texturas e referências visuais que reforçam a identidade da casa. O Ernesto Music Hall, por exemplo, aposta no universo do jazz e do R&B, com piano de palco, cortinas vermelhas e painéis monumentais. O Mustang Sally mistura rock’n’roll e tex-mex com curvas metálicas e estética diner americana. No Bar CanaBenta, luminárias de pandeiro e ladrilhos hidráulicos remetem ao samba e à boemia afetiva dos anos 1970.

O Olaria, que já é sucesso no Parque Barigui, leva seu tom leve à Pedreira, com paleta terrosa, arquitetura fluida e trilha sonora de MPB. Já o Rosso, bar inédito, traduz o espírito de festival com estrutura metálica, tecidos esvoaçantes e palco integrado. Todos os espaços contam com mobiliário, iluminação e ambientações desenvolvidos especialmente para o projeto.

Além da gastronomia e da ambientação, o projeto inclui estúdio de gravação, área infantil, espaços expositivos e mirante, consolidando a Rua da Música como novo ponto de convergência da vida cultural curitibana. No centro desse novo capítulo, a exposição Geração Pedreira trará imagens históricas, acervo de artistas e memórias afetivas da cena musical que passou por ali.

“Foi um dos projetos mais especiais da minha carreira”, afirma Henning. “Traduzir ritmos em espaços e fazer parte dessa nova etapa da Pedreira é contribuir com a memória viva de Curitiba”.