estilo japonês
Entre 9 a 15 metros quadrados: Jovens optam por microapartamentos urbanos em Tóquio
Por Marlyana Lima - Em 19/05/2025 às 3:24 AM

Apartamentos de até 15 metros quadrados em Tóquio
Entre as ruas organizadas de Tóquio, uma tendência urbana se fortalece silenciosamente: viver com o essencial — e nada mais. Os microapartamentos, com metragem entre 9 e 15 metros quadrados, têm atraído cada vez mais jovens profissionais que trocam espaço por localização, praticidade e, sobretudo, tempo.
A rotina intensa da metrópole asiática impõe escolhas. Morar nos subúrbios pode significar economia no aluguel, mas também horas diárias em trens lotados. Em contrapartida, os microapartamentos oferecem a possibilidade de viver a poucos minutos do trabalho, das estações de trem e de tudo que torna a vida urbana estimulante.
A proposta não é apenas habitar um espaço pequeno, mas repensar a maneira de viver. “O apartamento é tão compacto que faço as refeições em pé. Não há espaço para mesa ou cadeira, e tudo bem com isso”, contou um morador na casa dos 20 anos à BBC. Entre a funcionalidade e o desapego, nasce um novo modo de morar: leve, eficiente e totalmente integrado ao ritmo da cidade.
Confira imagens captadas pela BBB.
Segundo a Spilytus, empresa responsável por empreendimentos desse tipo em Tóquio, cerca de 80% dos inquilinos têm entre 20 e 30 anos. Para esse público, viver em microapartamentos é uma decisão racional — mas também estética. Cada centímetro quadrado é cuidadosamente pensado: camas suspensas, armários embutidos, superfícies que se transformam e iluminação planejada definem o design desses espaços.

Microapartamentos da empresa Spilytus
Embora os interiores sejam reduzidos, muitos edifícios oferecem áreas comuns elegantes: cozinhas compartilhadas, lounges para encontros casuais e até bibliotecas silenciosas para quem deseja desacelerar — tudo com o rigor estético e a precisão funcional típicos do design japonês.
Os bairros que abrigam esses microuniversos — como Harajuku, Nakameguro e Shibuya — também agregam valor à experiência. A energia criativa das ruas, a arquitetura contemporânea e a oferta cultural são extensões naturais da moradia.
Apesar da economia em aluguel, os microapartamentos ainda apresentam custos de instalação e manutenção, exigindo escolhas conscientes de consumo e mobiliário. Mas para uma geração que valoriza mobilidade, tempo e uma estética minimalista, o pequeno não é um limite — é um luxo silencioso.
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