Exibição do Festival “Arquivo em Cartaz” no pátio do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro

Desde segunda-feira (20), o Arquivo Nacional, no centro do Rio de Janeiro, tornou-se ponto de encontro para cinéfilos, pesquisadores e amantes da memória audiovisual. A instituição sedia o Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, que chega à sua décima edição com uma programação gratuita repleta de filmes, debates, oficinas e apresentações culturais que seguem até sexta-feira (24).

O festival comemora dez anos de existência celebrando a força dos acervos cinematográficos e o papel do audiovisual como ferramenta de preservação e consciência coletiva. Criado em 2015, o Arquivo em Cartaz percorreu, ao longo do último ano, as cinco regiões do país, levando mostras e debates sobre memória e meio ambiente, além de marcar a inauguração de três novas sedes regionais do Arquivo Nacional — em Porto Alegre, Manaus e Salvador.

Com o tema “Memórias da Terra em Filmes de Arquivo: transformações ambientais, impactos e sobrevivências”, a edição de 2025 reflete sobre as mudanças climáticas e a relação entre o homem e o planeta. A escolha do tema se conecta à COP30, conferência da ONU sobre o clima que acontecerá em novembro, em Belém (PA).

A programação reúne 18 filmes — entre curtas, médias e longas-metragens — que utilizam pelo menos 30% de material de arquivo, além de uma série de atividades paralelas. Exibições gratuitas acontecem diariamente, a partir das 18h30, na sede do Arquivo Nacional, na Cinemateca do MAM e no CineArte UFF, em Niterói, com direito a votação do público para escolher os melhores títulos.

Entre os destaques, estão a Mostra Lanterninha Mágica, com produções feitas por crianças, e uma oficina de escuta sensível ministrada pelo músico e ex-Titã Charles Gavin, que propõe experiências sonoras a partir do acervo da instituição. O encerramento, na sexta-feira (24), contará com projeções em uma grande tela montada no pátio do Arquivo Nacional, seguidas da premiação oficial e da apresentação do Cine Orquestra, que fará a sonorização ao vivo de clássicos do cinema mudo.

Além da mostra competitiva, que este ano bateu recorde de inscrições com 208 filmes, o festival lançará a 10ª edição da revista “Arquivo em Cartaz”, publicação dedicada à preservação audiovisual, com textos assinados por especialistas convidados e distribuição prevista também durante a COP30.