Riqueza cultural
Grand Egyptian Museum é inaugurado com celebração faraônica aos pés das pirâmides de Gizé
Por Julia Fernandes Fraga - Em 02/11/2025 às 5:52 PM

O GEM levou 20 anos para ser finalizado. Fotos: Reprodução/Instagram
O Egito inaugurou oficialmente nesse sábado, 1º de novembro, o Grand Egyptian Museum (GEM), considerado o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização. A cerimônia de abertura, realizada aos pés das pirâmides de Gizé, combinou luz, arte e tecnologia em um espetáculo de grande porte que reuniu líderes e delegações de diversos países. Um show de drones formou no céu a máscara de Tutancâmon e figuras de deuses egípcios, marcando o início de uma nova era para o patrimônio histórico do país.
Um projeto de décadas e ambição global
O museu abriga mais de 100 mil artefatos — entre eles, a coleção completa de Tutancâmon, exibida pela primeira vez em um único espaço — e o colosso de Ramsés II, de 83 toneladas. O GEM é resultado de mais de duas décadas de planejamento e superou sucessivos atrasos, revoltas políticas e crises econômicas antes de ser concluído. A construção, orçada em cerca de US$ 1 bilhão, começou em 2005 e foi retomada após a pandemia e novas instabilidades regionais.
Durante a cerimônia, o presidente Abdel Fattah al-Sisi destacou o caráter simbólico do projeto. “Convidamos vocês a fazer deste museu uma plataforma de diálogo, um destino para o conhecimento e um farol para todos os que acreditam na humanidade”, afirmou.
O evento contou também com a presença de monarcas e chefes de Estado, entre eles o rei Felipe VI da Espanha, a rainha Rania da Jordânia, a princesa Mary da Dinamarca, e o rei Philippe da Bélgica.
Arquitetura monumental e legado faraônico
Projetado pelo escritório irlandês Heneghan Peng, o edifício apresenta fachada triangular de vidro inspirada nas pirâmides. Seu átrio monumental abriga a estátua de Ramsés II, enquanto as galerias exibem artefatos que vão do período pré-dinástico à era romana. O destaque é a ala dedicada a Tutancâmon, com 5 mil peças da tumba do faraó, incluindo o trono de ouro, a máscara funerária e os carros cerimoniais.
A arquiteta Róisín Heneghan afirmou que o projeto foi pensado para respeitar o entorno histórico. “Foi sempre um equilíbrio. Queríamos dar ao museu a proeminência que ele merece, sem ofuscar as pirâmides”, explicou. As instalações incluem 17 laboratórios de conservação e áreas de realidade virtual, reforçando o compromisso do país com a preservação e a modernização do acervo.
Motor do turismo e da economia
Além do valor cultural, o GEM é peça central na estratégia do Egito para impulsionar o turismo. Segundo o ministro do Turismo e Antiguidades, Sherif Fathy, o museu deverá atrair até 5 milhões de visitantes por ano. Em 2024, o Egito registrou um recorde de 15,7 milhões de turistas, e o governo espera atingir 30 milhões até 2032.
O complexo integra, ainda, um plano mais amplo de revitalização da região de Gizé, que inclui novas vias, um aeroporto internacional nas proximidades e conexões diretas com o centro do Cairo.
- Grand Egyptian Museum
- Cerimônia de inauguração do Grand Egyptian Museum
- Abdel Fattah el-Sisi e Entissar Amer
- Salma e Rania Al Abdullah, Abdel Fattah el-Sisi e Entissar Amer
- Entissar Amer e Rania Al Abdullah
- Cerimônia de inauguração do Grand Egyptian Museum
- Mary da Dinamarca
- Philippe da Bélgica
- Cerimônia de inauguração do Grand Egyptian Museum
- Cerimônia de inauguração do Grand Egyptian Museum
- Cerimônia de inauguração do Grand Egyptian Museum
- Grand Egyptian Museum
- Grand Egyptian Museum
- Grand Egyptian Museum
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