Entrega do Prêmio Osmundo Pontes de Literatura 2025

Escritores, estudiosos e convidados estiveram na Academia Cearense de Letras, na terça-feira (4), para a 19ª edição do Prêmio Osmundo Pontes de Literatura. A escolha da data carrega um significado especial: é o dia em que o jornalista e escritor Osmundo Pontes — patrono da premiação — celebraria mais um ano de vida.

Criado há três décadas pelo próprio Osmundo e mantido pela esposa Cybele Valente Pontes, o prêmio segue dedicado ao propósito que o inspirou: estimular a escrita, dar visibilidade a novos autores e manter viva a contribuição intelectual de um dos nomes mais consistentes da cultura cearense. A realização envolve a Alma do Minho, a ACL, o Ministério da Cultura e o Governo Federal, com patrocínio do Grupo Marquise por meio da Lei Rouanet.

A solenidade contou com a presença de autoridades e representantes da cena literária, entre eles Lúcio Alcântara, ocupante da cadeira 26 da Academia. A abertura ficou a cargo do vice-presidente da instituição, Juarez Leitão, que destacou o papel de Osmundo Pontes no jornalismo e na literatura do Ceará, Maranhão e Piauí, sempre sustentado pela convicção de que o conhecimento deve circular e formar consciência.

A edição deste ano recebeu 41 obras inscritas — 18 em Poesia e 23 em Contos. A obra de Guilherme Rocha Araújo foi escolhida como Melhor Livro de Poesia, enquanto Karla Karênina Andrade conquistou o prêmio na categoria Contos. Em sua fala, Guilherme mencionou a importância de iniciativas que valorizam novas vozes e ampliam a presença da literatura no cotidiano.

Outro ponto importante da noite veio com o pronunciamento de José Carlos Pontes, filho do homenageado, que relembrou a relação do pai com a cultura, os princípios e a responsabilidade social. Ele recordou ainda que o desejo de destinar parte do espólio de Osmundo ao prêmio foi um gesto pensado pelo escritor em vida, como forma de sustentar o diálogo entre gerações.

Os vencedores receberão R$ 15 mil, consultoria editorial, mil exemplares impressos e versões em audiolivro de suas obras. Parte dessa produção seguirá para escolas, bibliotecas e instituições culturais, ampliando o acesso e preservando a circulação da literatura cearense — um legado que continua em movimento e encontra novas vozes a cada edição.