Painéis solares no Vila Selvagem – Foto: Camilo Lincoln

Há 16 anos, o grupo francês JMC escolheu Fortim, no litoral leste do Ceará, para fincar raízes em um projeto de hospitalidade que, desde o início, se guiou por princípios que hoje definem a pauta global do ESG: ambiental, social e governança. O Vila Selvagem, primeiro hotel do grupo, abriu caminho para um modelo que alia sofisticação e respeito à cultura local, valorizando pessoas, gastronomia regional, artesanato e saberes tradicionais, sempre em diálogo com a preservação da natureza.

A chegada do hotel transformou a vida do pequeno vilarejo de pescadores no Pontal de Maceió. Gerou empregos, fortaleceu a economia criativa e impulsionou o turismo em uma região até então quase intocada. Com o tempo, Fortim consolidou-se como destino de charme, onde a experiência vai além das falésias e do mar azul, carregando também a marca do desenvolvimento sustentável.

“Construímos em Fortim muito mais que experiências de hospitalidade. É assim que enxergamos o conceito de ESG: integrar e somar, sempre preservando. Atualmente, 98% de nossos colaboradores são da região e nosso RH prioriza capacitação e desenvolvimento profissional. Um bom exemplo é nossa cozinha experimental, que valoriza produtores e pescadores locais, ao mesmo tempo em que fomenta aprendizado e inovação. Nosso cardápio contempla a riqueza gastronômica que temos no Ceará, e também acaba reduzindo a emissão de carbono, ao deixar de utilizar o transporte de longa distância”, explica Celian Chaufour, sócio-fundador do grupo JMC.

Depois do Vila Selvagem, o grupo lançou o Jaguaribe Lodge, concebido com sustentabilidade no centro do projeto. Erguido sobre palafitas, respeita o movimento das dunas e a vegetação nativa, utiliza madeira de reflorestamento e folhas de carnaúba em sua estrutura. A ventilação natural é garantida por muxarabis e amplas janelas, reduzindo a necessidade de climatização artificial. A energia solar também já faz parte do cotidiano, tanto no Jaguaribe quanto no Vila Selvagem.

“As pessoas realmente sentem a natureza ao seu redor. A substituição de plásticos por vidro, o uso de produtos biodegradáveis e uma série de outras práticas foram incorporadas de forma natural e hoje são parte do nosso DNA”, acrescenta Celian.

O mais novo empreendimento, o Jaguaríndia Village, segue a mesma lógica. Com foco na capacitação contínua dos colaboradores, aposta em iniciativas de “plástico zero” e na redução de resíduos, ampliando o compromisso do grupo em unir hospitalidade de alto padrão e responsabilidade socioambiental.

Com três hotéis icônicos na rota das Falésias e um impacto positivo que já alcança toda a comunidade, o grupo JMC mostra que ESG não é discurso, mas prática transformadora. Em Fortim, luxo e sustentabilidade caminham juntos, provando que o turismo do futuro é, acima de tudo, responsável.