Conjunto de joias da realeza francesa. Entre elas, o colar de oito safiras usado pela princesa Isabel d’Orléans, bisneta de Dom Pedro II, levado em roubo no último domingo

Uma das joias levadas durante o audacioso roubo ao Museu do Louvre, em Paris, tem ligação direta com a história do Brasil. O colar de oito safiras cercadas por diamantes, peça que pertenceu à realeza francesa e foi usada pela princesa Isabel d’Orléans, bisneta de Dom Pedro II, em sua última aparição pública, está entre os tesouros desaparecidos no crime que chocou o mundo da arte.

Avaliado em milhões de euros, o artefato fazia parte de um conjunto que incluía tiara e brincos da rainha Maria Amélia da França, esposa do rei Luís Filipe I. As peças foram herdadas pela família Orléans, unida à Casa Imperial Brasileira com o casamento da princesa Isabel com o conde d’Eu. Lapidadas em ouro e adornadas com diamantes em seu estado natural, as joias são símbolos do refinamento europeu do século XIX — e da ligação entre as duas monarquias.

Em comunicado, Jean d’Orléans, atual Conde de Paris e neto de Isabel d’Orléans, lamentou profundamente o roubo e descreveu as joias como “uma parte viva da história nacional e testemunho da elegância e do artesanato francês”. O herdeiro agradeceu às equipes do museu pela mobilização para recuperar as relíquias, entre elas o colar usado por sua mãe e avó em eventos oficiais.

O Louvre segue fechado enquanto a polícia francesa investiga o roubo, executado em plena luz do dia. Além do colar, foram levadas coroas, tiaras e colares pertencentes a figuras como Napoleão Bonaparte, a imperatriz Eugênia e Napoleão III.