Karl Lagerfeld dizia: “Arte é Arte, Moda é Moda”. No entanto, a exposição “Louvre Couture, Arte e Moda: Peças Manifestos”, em cartaz até 21 de julho no Louvre, parece questionar essa linha divisória. Pela primeira vez na história, o maior museu do mundo exibe criações de moda ao lado de seus tesouros artísticos, celebrando o diálogo entre duas formas de expressão que, ao longo das décadas, se entrelaçam.

Com 70 peças de vestuário, 30 acessórios e uma variedade de obras de arte, a exposição reúne estilistas icônicos como Chanel, Balenciaga, Versace e Alexander McQueen, explorando como o vestuário se inspira em tapeçarias, esculturas, pinturas e até na arquitetura do Louvre.

Destaques da Exposição
Vestido Dior “Musée du Louvre”: A peça histórica que abre a mostra e homenageia diretamente o museu.
Criações Dolce & Gabbana: Um vestido bordado com cristais inspirado em mosaicos venezianos do século XI.
Versace e o Ouro Bizantino: O icônico vestido de malha metálica de 1997, adornado com cristais Swarovski e inspirado na Grécia Antiga.

A exposição convida os visitantes a redescobrir as obras do Louvre sob uma nova ótica, tecendo paralelos entre épocas e estilos. Para Laurence des Cars, presidente do museu, a iniciativa busca tornar o Louvre ainda mais acessível às novas gerações.

Olivier Gabet, curador da exposição, destaca a relação pessoal de estilistas com o museu. Desde Yves Saint Laurent, que era colecionador de arte, até Christian Louboutin, que nutria fascínio pelas galerias desde a infância, o Louvre tem sido um “painel de inspiração definitivo”.

Ao unir o passado e o presente, “Louvre Couture” não apenas questiona, mas celebra o poder transformador da moda como forma de arte. Afinal, moda também é narrativa — e o Louvre, com sua história monumental, oferece o cenário perfeito para contar essas histórias.