Space X
Megafoguete Starship atinge trajetória esperada após lançamento, mas falha na reentrada na atmosfera
Por Marlyana Lima - Em 27/05/2025 às 10:27 PM

Voo do Starship, da Space X: o maior foguete já construído
A SpaceX realizou nesta terça-feira (27) mais um teste de voo do Starship, o maior foguete já construído, com um sucesso parcial: o veículo conseguiu completar a trajetória suborbital planejada, mas falhou na reentrada na atmosfera, encerrando a missão de forma abrupta no oceano Índico.
O lançamento ocorreu às 20h30 (horário de Brasília) a partir de Starbase, a base de operações da empresa em Boca Chica, no Texas. O voo foi o primeiro a reutilizar o Super Heavy, o primeiro estágio do lançador, que havia sido lançado anteriormente em janeiro deste ano.
Após exaustivas inspeções e substituições de componentes, 29 dos 33 motores do Super Heavy voltaram a ser acionados com sucesso na decolagem. A empresa, no entanto, havia decidido previamente que não tentaria recuperá-lo novamente, focando em testar a capacidade do veículo de enfrentar manobras complexas de retorno antes de um eventual pouso controlado no golfo do México.
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O segundo estágio, conhecido como Starship, também apresentou avanços significativos: pela primeira vez, após duas tentativas fracassadas, conseguiu completar a queima de motores que o colocou na trajetória suborbital desejada. Nas últimas duas missões, falhas no acionamento correto dos motores impediram que o veículo atingisse essa fase crítica do voo.
No entanto, cerca de 30 minutos após a decolagem, o Starship perdeu o controle de atitude, começou a girar de forma descontrolada e a equipe de controle perdeu contato com a nave durante a reentrada na atmosfera, culminando em um mergulho não controlado no oceano Índico.

O veículo é peça central para o programa Artemis 3, da Nasa, que pretende realizar o próximo pouso lunar tripulado em 2027
Sucesso parcial do megafoguete
A empresa destacou que, embora a missão não tenha sido completamente bem-sucedida, o teste representou um avanço importante no desenvolvimento do sistema. O sucesso parcial indica que a SpaceX conseguiu superar falhas anteriores relacionadas a vibrações excessivas e falhas em motores durante a queima do segundo estágio.
A SpaceX está sob pressão para qualificar o Starship para missões mais ambiciosas. O veículo é peça central para o programa Artemis 3, da Nasa, que pretende realizar o próximo pouso lunar tripulado em 2027. Para isso, a empresa precisa demonstrar, além do lançamento e trajetória, a capacidade de reabastecimento em órbita e de alunissagem segura.
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