A compra de um iate está cada vez mais associada ao desejo de liberdade e conexão com a natureza

O setor de iates de alto luxo vive expansão global, impulsionado pela busca de consumidores de altíssima renda por experiências exclusivas e personalizadas. Modelos acima de 74 pés, antes restritos a um nicho, registram aumento expressivo de demanda, segundo estudos recentes.

A italiana Azimut Yachts, líder mundial do segmento, confirma essa tendência. Presente em 80 países e com fábricas na Itália e no Brasil, a empresa acumula uma carteira de pedidos de 2,6 bilhões de euros, com entregas programadas até 2029. O plano de investimentos de 160 milhões de euros até 2027 reforça a estratégia de ampliar capacidade produtiva e acelerar projetos de inovação.

De acordo com o CEO Francesco Caputo, a compra de um iate está cada vez mais associada ao desejo de liberdade e conexão com a natureza. “São embarcações que oferecem momentos únicos com família e amigos, além de acesso a destinos exclusivos”, afirmou.

O Brasil tem papel de destaque nessa trajetória. Desde 2010, a fábrica de Itajaí (SC) tornou-se referência em produção, com crescimento anual de dois dígitos nos últimos cinco anos. A expectativa é de avanço adicional de 10% em 2025.

Entre os modelos fabricados no país estão a Azimut Grande 25 Metri, que reúne soluções inéditas como varanda retrátil, jacuzzi no flybridge e terraço integrado à popa, e a Azimut Grande 27 Metri, o maior iate produzido no Brasil, com 350 m² de área, cinco suítes e acabamentos de alto padrão. O sucesso de vendas desses modelos demonstra a relevância do país dentro da estratégia global do grupo.

“Produzir megaiates no Brasil reforça nossa capacidade industrial e a importância estratégica do mercado local”, destacou Caputo. Para ele, cada embarcação traduz a essência do luxo contemporâneo: sofisticação, tecnologia e experiências memoráveis.