Desfile Celine – Verão 2026 foi apresentado em Paris, um dia antes do início da Semana de Alta Costura – Fotos: Divulgação

Na manhã chuvosa do domingo (6), em Paris, a Celine, maison parisiense do grupo LVMH, apresentou sua coleção intermediária de primavera 2026 sob o comando de Michael Rider, novo diretor criativo da grife. A estreia marca o retorno do estilista norte-americano à marca onde consolidou parte de sua carreira, agora em posição de protagonismo após a saída de Hedi Slimane.

A expectativa era alta, especialmente porque Rider tem um histórico sólido: começou na Balenciaga no início dos anos 2000, durante a era Nicolas Ghesquière, e passou uma década na Celine de Phoebe Philo, antes de seguir para a Ralph Lauren, onde comandou a linha feminina da Polo. Sua volta à Celine — casa fundada por Céline Vipiana em 1945 — foi lida como um possível resgate de uma estética mais sóbria e funcional, ainda que com nuances contemporâneas.

Maison em construção

O desfile inaugural de Rider  tenta costurar passado e presente em uma coleção que joga com segurança. O look de abertura — blazer oversized em tom bege, jeans skinny e bolsa com berloques — refletiu essa proposta de equilíbrio entre os códigos clássicos da maison e a linguagem da rua, numa tentativa de traduzir o “chique despretensioso” parisiense.

A coleção percorre a alfaiataria descomplicada, flerta com o universo preppy — tendência crescente no cenário atual da moda — e incorpora o jeanswear como peça-chave. Lenços de seda estampados, jaquetas de couro cropped com modelagem arredondada e acessórios diversos compõem um styling polido, mas sem rupturas ousadas.

As bolsas, por outro lado, foram destaque absoluto: em diferentes tamanhos, estilos e acabamentos, elas resgatam o poder acessório da Celine como símbolo de desejo e funcionalidade, dois pilares históricos da marca.

Veja alguns looks em destaque no desfile: