Vazio musical
Morre a cantora Nana Caymmi, aos 84 anos, no Rio de Janeiro
Por Marlyana Lima - Em 01/05/2025 às 9:58 PM

Nana Caymmi se consagrou como uma das maiores cantoras do País
A música popular brasileira perdeu nesta quinta-feira (1º) uma de suas maiores intérpretes. A cantora Nana Caymmi morreu aos 84 anos, no Rio de Janeiro, após passar nove meses internada na Clínica São José, em Botafogo, Zona Sul da cidade. A causa da internação foi uma arritmia cardíaca, agravada por outras comorbidades.
A informação foi confirmada por seu irmão, o músico Danilo Caymmi, que lamentou a perda da irmã em um vídeo publicado nas redes sociais. “É com muito pesar que eu comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos, lógico, muito chocados e tristes na família, mas ela também passou nove meses de sofrimento em hospital, UTI. Um processo muito doloroso”, disse ele.
Danilo fez ainda um apelo para que a notícia fosse compartilhada com os admiradores da artista em todo o país. “O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo, enfim.”
Filha do compositor e cantor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Dinahir Tostes Caymmi — nome de batismo de Nana — nasceu em 29 de abril de 1941, no Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira artística em 1960 e construiu um repertório marcado pela sofisticação e pela emoção.
Com voz grave e interpretação intensa, Nana lançou 27 álbuns ao longo de mais de seis décadas de trajetória, dois deles gravados ao vivo. Entre os maiores sucessos, estão clássicos como “Só Louco”, “Não Se Esqueça de Mim”, “Cais”, “Resposta ao Tempo” e “Ponta de Areia”.
Em 2016, foi submetida a uma cirurgia para a remoção de um tumor na parte externa do estômago, o que a afastou dos palcos por um período. Três anos depois, homenageou o compositor Tito Madi com um disco dedicado à sua obra, seguido, em 2020, por um álbum com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Mesmo com a saúde fragilizada, Nana voltou a gravar em 2024. Participou, ao lado do cantor Renato Braz, de uma faixa no disco Canário do Reino, tributo a Tim Maia.
A despedida da cantora encerra um capítulo essencial da história da música brasileira. Nana Caymmi deixa um legado de lirismo, intensidade e elegância, que ecoará por gerações.
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