Osesp – Neschling – Crédito: Fundação Osesp

Ao longo de uma década de colaboração, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e o selo Biscoito Fino construíram um acervo de gravações que atravessa séculos de repertório e combina a excelência técnica da Sala São Paulo com interpretações marcantes de grandes mestres. De 2005 a 2012, nasceram 17 álbuns que, até hoje, permaneciam fora das plataformas de áudio. A partir deste semestre, eles passam a estar disponíveis em formato digital, em cinco blocos temáticos que serão lançados até novembro.

O primeiro conjunto, já no ar, homenageia Ludwig van Beethoven com a integral de suas nove sinfonias, além das aberturas Coriolano e Egmont, gravadas de 2000 a 2010. As interpretações reúnem as batutas de John Neschling, Roberto Minczuk e Yan Pascal Tortelier, que marcaram fases distintas da chamada “nova Osesp” — período de renovação iniciado em 1997 e consolidado com a inauguração da Sala São Paulo, em 1999.

Em agosto, o catálogo ganhou um bloco dedicado a Tchaikovsky, com obras icônicas como as sinfonias nº 4 e nº 6, Romeu e Julieta – Abertura Fantasia e a Abertura 1812.

Setembro será reservado a compositores românticos — Brahms, Schumann, Dvořák, Rachmaninoff e Max Bruch — em registros com solistas como Antonio Meneses, Cláudio Cruz e o Quarteto Osesp.

Outubro traz o álbum “Canções do Brasil”, dirigido por Naomi Munakata, um retrato coral da diversidade musical brasileira no século XX, com peças de Villa-Lobos, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil e Marlos Nobre.

Encerrando o ciclo, em novembro, chegam dois encontros especiais: a Osesp com a Banda Mantiqueira e Luciana Souza, e a Osesp com o Grupo Pau Brasil e Mônica Salmaso no Concerto Antropofágico.

A digitalização desse acervo preserva a memória sonora da orquestra e amplia seu alcance, levando gravações raras e históricas ao público de todo o mundo. É a história da música de concerto brasileira dialogando com o presente, agora ao alcance de um clique.