alta costura
Paris se rende ao surrealismo de Schiaparelli que renasce em um futuro imaginado por Daniel Roseberry
Por Marlyana Lima - Em 07/07/2025 às 7:58 PM

Looks impactantes da Schiaparelli abriram a Semana de Alta Costura em Paris
Em 1940, Elsa Schiaparelli deixou Paris rumo a Nova York, fugindo da guerra. Mas seu gesto, embora marcado pela urgência da sobrevivência, tornou-se também um marco de reinvenção criativa. Décadas depois, essa mesma inquietação artística ganha nova vida nas mãos de Daniel Roseberry, diretor criativo da Maison há seis anos, que acaba de apresentar uma coleção-cápsula do tempo — e do futuro — com o desfile “Back to the Future”.
Inspirado pelo legado de Schiaparelli e pelo surrealismo que ela ajudou a fundir à moda, Roseberry assina uma coleção que é pura arte performática. Se a estação anterior quis dar uma cara contemporânea ao barroco, esta reprograma os arquivos da casa para imaginar um amanhã livre de convenções.
Em uma passarela onde o corpo é remodelado — quadris aumentados, bustos invertidos, olhos onde não se espera ver —, Roseberry joga com o estranho e o extraordinário. Um vestido vermelho com seios nas costas, jaquetas com ombros escultóricos e lágrimas bordadas em seda transformam as modelos em criaturas quase alienígenas. O desfile parece nos perguntar: e se o surrealismo fosse nosso presente?
A estética teatral, que já se tornou assinatura do estilista, não busca agradar ou vestir com praticidade. É alta-costura no seu estado mais puro: uma forma de expressão radical, provocadora, simbólica. Ainda assim, há leveza nos cortes e fluidez nos tecidos — as cinturas são marcadas não por espartilhos, mas por silhuetas que respeitam o movimento. É o corpo sugerido, não moldado.
Durante o dia, a ousadia da Maison foi destaque em todas as publicações especializadas em moda. A imagem do colar “vivo”, na forma de um coração pulsante sobre o vestido vermelho com dorso feminino foi o que mais chamou atenção:

Criação de Schiaparelli
As referências históricas à maison aparecem como sussurros: botões em forma de olho, bordados de chaves, cerâmicas artesanais e joias que parecem obras surrealistas em miniatura. Não há nostalgia vazia — há reverência com frescor.
Ao dar vida a uma moda que brinca com o invisível, que desafia o óbvio e convida ao devaneio, Roseberry reafirma algo que Elsa já sabia: o surrealismo não é um truque, mas um olhar.
Confira as criações da Schiaparelli:
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
- Desfile Schiaparelli
Mais notícias
REFERÊNCIA NACIONAL





















































