No próximo dia 30 deste mês será comemorado o Dia Nacional da Mulher, e a liderança feminina sempre existiu dentro das empresas e das organizações, mas nunca em uma proporção justa em relação aos homens. No Brasil, as mulheres já são maioria entre as matrículas realizadas em instituições de ensino superior, segundo fontes oficiais, o que não acaba se refletindo quando o assunto é a alta gestão das universidades do País.

Christina Praça é coordenadora da Pós-Graduação da Unifor                           Foto: Divulgação

Segundo uma pesquisa realizada pela Times Higher Education (THE), revista inglesa referência na área da educação, que tomou a igualdade de gênero como indicador de qualidade das universidades brasileiras, o índice ainda é baixo. O estudo revelou que, atualmente, das 68 universidades federais, apenas 12 delas (18%) têm mulheres como dirigentes máximas e poucas com maioria de representantes do sexo feminino na alta hierarquia administrativa.

De acordo com a coordenadora da Pós-Graduação Universidade de Fortaleza (Unifor), Christina Praça, há inúmeros desafios enfrentados pelas mulheres na vida profissional. “Não é simples conciliar as questões do trabalho com as questões familiares e as sociais. A mulher, no mercado de trabalho, tem um papel fundamental, mas ser mãe, esposa, irmã, profissional, filha, amiga, não saem da sua rotina. Ela precisa se organizar para mediar diversas situações ao mesmo tempo”, explica.

A coordenadora lembrou, ainda, que na época em que fez o mestrado, seus filhos eram pequenos e precisava conciliar trabalho, estudo e família. “Eles ficavam pendurados no meu pescoço enquanto eu escrevia a minha dissertação. Sinto muito orgulho de fazer parte da Universidade de Fortaleza e conviver com tantas mulheres inspiradoras. A nossa reitora é um exemplo de fibra e competência. Suas características e de outras mulheres que fazem parte da nossa instituição são exemplos para muitas gerações”, destaca Christina Praça.