
Design em Diálogo
Roca leva instalações de Benedetta Tagliabue e Bjarke Ingels à Bienal de Veneza 2025
Por Paulla Pinheiro - Em 12/05/2025 às 3:43 PM

Exposição conceitual assinada por Benedetta Tagliabue
Aberta ao público desde o último sábado (10), a 19ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza segue até 23 de novembro com o tema “Intelligens. Natural. Artificial. Coletivo.”. Sob curadoria do arquiteto e engenheiro Carlo Ratti, a edição propõe uma imersão nas interseções entre tecnologia, natureza e inteligência coletiva — em busca de caminhos para a arquitetura do amanhã. “Para enfrentar um mundo em chamas, a arquitetura precisa aproveitar toda a inteligência que nos cerca”, resume Ratti, que dirige o Senseable City Lab no MIT, leciona no Politécnico de Milão e lidera o escritório CRA – Carlo Ratti Associati.
É nesse cenário que a Roca apresenta duas instalações com assinatura de nomes centrais da arquitetura contemporânea: Benedetta Tagliabue, à frente do estúdio EMBT, e Bjarke Ingels, do premiado BIG (Bjarke Ingels Group). A presença da marca catalã na Bienal reafirma sua atuação como parceira da inovação com propósito, unindo design, sustentabilidade e técnica.
Com estrutura em papel e papelão, “The Architecture of Virtual Water”, de Benedetta Tagliabue, é uma instalação imersiva inspirada na fluidez da água — e na responsabilidade de sua gestão no ambiente construído. A proposta convida o visitante a atravessar dobras e sons em um percurso poético, desenhado com materiais recicláveis e pensado para circular: será reapresentado em 2026 na Roca Barcelona Gallery, ano em que Barcelona será a Capital Mundial da Arquitetura.
No Arsenale, o BIG propõe um diálogo entre precisão e ancestralidade. Em “Ancient Future”, uma única viga de madeira, esculpida por artesãos do Butão e finalizada com tecnologia robótica, narra a história do novo Aeroporto Internacional de Gelephu, no Butão. A peça, híbrida por essência, simboliza a intersecção entre herança, inovação e design com responsabilidade — valores centrais para a Roca.
Com presença discreta e consistente, a Roca assina sua participação na Bienal não com espetáculo, mas com reflexão. Desde 1917, a marca espanhola — que no Brasil atua com oito fábricas e parcerias com nomes como Fernanda Marques, João Armentano e Ruy Ohtake — entende que design começa na escuta: do material, do tempo e do que o futuro precisa.
Na Bienal de Veneza, a água e a madeira se tornam linguagem. E a arquitetura, mais do que forma, se revela como gesto de atenção ao que realmente importa.

Exposição conceitual assinada por Big Bjarke Ingels Group
Mais notícias


Sistema costeiro
