
Luto na literatura
Escritor curitibano Dalton Trevisan morre aos 99 anos
Por Paulla Pinheiro - Em 10/12/2024 às 2:51 PM

Dalton Trevisan
Nesta segunda-feira (9), o Brasil perdeu um de seus maiores contistas: Dalton Trevisan, conhecido como “O Vampiro de Curitiba”, faleceu em sua cidade natal aos 99 anos. Mestre do conto e referência na literatura contemporânea, Trevisan construiu uma obra que desnudou a alma humana e os dramas cotidianos, com títulos como “A Guerra Conjugal”, “A Polaquinha” e “Cemitério de Elefantes”. Sua produção literária, marcada pela profundidade e concisão, foi celebrada com prêmios de grande prestígio.
Dalton Trevisan foi laureado com o Prêmio Camões em 2012, a maior distinção concedida a autores de língua portuguesa, e conquistou o Prêmio Machado de Assis em 2011, oferecido pela Academia Brasileira de Letras pelo conjunto da obra. Além disso, foi vencedor do Prêmio Jabuti em quatro ocasiões: 1960, 1965, 1995 e 2011. Sua obra transcendeu fronteiras, sendo traduzida para idiomas como inglês, espanhol e italiano.
Avesso aos holofotes, o autor viveu de maneira reclusa em Curitiba, cidade que retratou como “província, cárcere e lar” e que se tornou um dos principais cenários de suas histórias. Trevisan foi celebrado como um dos mais importantes narradores da ficção brasileira contemporânea, navegando contra a corrente institucional do conto e criando histórias que continuam a inspirar e emocionar leitores. Em 2025, no ano de seu centenário, sua obra completa será publicada pela editora Todavia, assegurando que seu legado permaneça vivo para as próximas gerações.
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