crescimento não é uniforme em todas as regiões, com algumas apresentando ajustes nas suas projeções FOTO: Agência Brasil

A indústria de viagens aéreas vive uma recuperação robusta, com a demanda anual por voos em 2024 superando os níveis registrados antes da pandemia. Segundo uma pesquisa anual da Bain & Company, o volume de passageiros por quilômetro percorrido (RPK) atingiu 102,6% dos números registrados em 2019, indicando um retorno sólido à normalidade e até mesmo uma aceleração do setor.

A previsão é de que, até 2030, o volume global de RPK aumente 136% em relação a 2019, alcançando impressionantes 11,3 trilhões. No entanto, o crescimento não é uniforme em todas as regiões, com algumas apresentando ajustes nas suas projeções.

Nos Estados Unidos e México, a demanda por viagens domésticas sofreu um ajuste para baixo, com a previsão de crescimento reduzida em dois pontos percentuais. Esse declínio deverá resultar em uma perda de receita de US$ 2,3 bilhões, considerando os atuais níveis tarifários. No entanto, a demanda por voos entre a América do Norte e a Europa apresentou uma recuperação, com aumento de 3,5 pontos percentuais, o que implica um acréscimo de US$ 1 bilhão em receita.

A Ásia segue como uma das regiões com maior taxa de crescimento, especialmente nas viagens intrarregionais. A demanda por voos dentro da região deve crescer 53% entre 2019 e 2030, consolidando o continente como um polo estratégico para o setor aéreo. Este aumento reflete uma maior conectividade e a recuperação das economias da Ásia, que continua a impulsionar a demanda por viagens internas e internacionais.

Na Europa, os principais destinos de viagens de curta distância continuam sendo o Reino Unido, Alemanha e Espanha, com a projeção de 69 milhões, 47 milhões e 40 milhões de viajantes, respectivamente. A região segue forte em mercados de proximidade, que seguem sendo essenciais para o fluxo aéreo no continente.

Principais Mercados

Em termos de viagens internacionais, a tendência é de uma reconfiguração nos maiores mercados globais. Os Estados Unidos devem ultrapassar o Reino Unido e se tornar o maior mercado de viagens internacionais até 2030, com um aumento de 21 milhões de viajantes entre 2024 e 2030. A China, que caiu para a sétima posição em 2024, está projetada para retomar a terceira colocação, com um incremento de 26 milhões de viajantes. A Índia, por sua vez, destaca-se como uma das grandes promessas do setor, saltando para a nona posição entre os maiores mercados de viagens internacionais, impulsionada principalmente pela demanda por voos de longa distância.