Com cerca de dois bilhões de integrantes, esses jovens já representam 25% da população mundial e despontam como consumidores ativos e influentes Foto: Freepik

Os hábitos de consumo da Geração Alpha, jovens nascidos entre 2010 e 2025, foram destaque no painel “Entendendo a Geração Alpha: insights sobre a nova geração de consumidores globais”, apresentado este ano no Foodservice Executive Summit (FES), em Chicago. Com cerca de dois bilhões de integrantes, esses jovens já representam 25% da população mundial e despontam como consumidores ativos e influentes, redefinindo o varejo global.

Embora tenham crescido imersos em tecnologia, com celulares e tablets desde a infância, a Geração Alpha valoriza a experiência das lojas físicas. Para 59% deles, o canal presencial segue sendo o preferido, desde que a jornada de compra seja integrada com o universo digital. Além disso, 70% já têm autonomia financeira, gastando mesadas ou dinheiro próprio em categorias como brinquedos, vestuário esportivo e alimentação.

Consumo que ultrapassa gerações

Os jovens Alphas não só influenciam as decisões de compra da família, como também conduzem suas próprias escolhas de consumo, atentos às tendências de moda, cultura e gastronomia que circulam nas redes sociais e plataformas de games.

Marcas que captam essa dinâmica inovam ao criar pontes entre o físico e o digital. A Alo Yoga, por exemplo, integrou sua rede de lojas físicas ao universo do game Roblox, oferecendo recompensas exclusivas aos usuários. A marca de maquiagem Elf realizou parcerias inusitadas com a rede Chipotle, enquanto a rede fast casual Raising Cane’s desenvolveu uma linha própria de roupas esportivas, ampliando sua conexão com os jovens.

A loja como palco de experiências

Para conquistar esse público, o varejo tradicional passa por transformações. Lojas como a Dick’s House Sports, que oferecem quadras e paredes de escalada para testar produtos, e a flagship imersiva do universo Harry Potter, apostam em experiências reais para engajar a Geração Alpha.

Esse perfil de consumo evidencia a busca por conexões autênticas, onde o varejo é um espaço de vivência e pertencimento — um cenário que redesenha a forma como marcas e consumidores interagem, entre o digital e o físico.