A OCDE alerta: é urgente garantir condições justas de concorrência para evitar o colapso de parte da cadeia produtiva mundial FOTO: Freepik

A indústria global do aço enfrenta uma crise iminente, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Um relatório divulgado nesta terça-feira (27) projeta um aumento de até 6,7% na capacidade de produção do setor entre 2025 e 2027 — o que representa 165 milhões de toneladas a mais.

O crescimento, impulsionado principalmente por China e Índia, ocorre em um momento de baixa demanda global. A OCDE estima que 58% da nova capacidade virá de países asiáticos, levando o excedente total a 721 milhões de toneladas até 2027. O número supera em 290 milhões de toneladas a produção atual dos países membros da organização.

Com a demanda crescendo apenas 0,7% ao ano até 2030, o setor corre o risco de enfrentar uma sobreoferta crônica, queda na rentabilidade, fechamento de fábricas e perda de empregos. A taxa de uso da capacidade pode cair para 70%, patamar considerado economicamente insustentável.

Segundo o relatório, o impacto será global, afetando desde produtores até setores dependentes do aço, como a construção civil e a indústria automotiva. A OCDE alerta: é urgente garantir condições justas de concorrência para evitar o colapso de parte da cadeia produtiva mundial.