Ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, é réu no STF. Foto: Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 9 de junho, às 14h, o depoimento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e mais sete réus na ação que investiga a trama golpista que culminou com os atos do dia 8 de janeiro de 2023. O interrogatório será feito presencialmente na sala de julgamentos da Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin.

O primeiro a depor será o ex-ajudante de Ordens, tenente-coronel Mauro Cid, delator nas investigações. Em seguida, será Bolsonaro e depois os demais, em ordem alfabética.

A data foi designada após Moraes encerrar nesta segunda-feira (2) a fase dos depoimentos de testemunhas de acusação e defesa.

Entre 19 de maio e 2 de junho, foram ouvidas 52 testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que faz a acusação, e pelos advogados de defesa dos acusados.

A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra ainda neste ano.

Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Núcleo 01

Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe, o Núcleo 01, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março.

São eles:

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro.

Fonte: Agência Brasil.