Imagem da audiência online na 1ª Turma do STF. Foto: Reprodução/YouTube.

Nesta terça-feira, 3, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – STF, retirou o sigilo dos depoimentos do ex-comandante da Aeronáutica, o Tenente-Brigadeiro, Carlos Almeida Baptista Junior, testemunha de acusação e defesa, e de outras testemunhas na Ação Penal que apura a tentativa de Golpe de Estado no Brasil.

Com a retirada do sigilo, os vídeos vieram à tona e vários veículos de comunicação divulgaram o conteúdo na íntegra.

Defesa

Nas imagens, aparecem os advogados cearenses Rogério Feitosa Mota, Armando Costa Jr. e Artur Feitosa Arrais, dando assistência jurídica ao Brigadeiro Baptista Junior, durante o seu depoimento ao ministro Alexandre de Moraes e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Indagado sobre o clima durante o depoimento do Brigadeiro Baptista Junior, os advogados cearenses afirmaram que se deu dia 21 passado e que o ato transcorreu de forma absolutamente tranquila; e, que, o cliente, ex-comandante da Aeronáutica, sempre esteve à disposição para qualquer ato processual.

Informaram, ainda, que o “depoimento do Brigadeiro foi firme e coerente com os fatos que teria presenciado” na reunião.

Os fatos

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Junior, afirmou, na audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), ter participado de reuniões no Palácio da Alvorada em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discutiu uma minuta com teor golpista.

Ao depor como testemunha na Primeira Turma da Corte, o Brigadeiro confirmou ter presenciado o então comandante do Exército, Marco Antonio Freire Gomes, ameaçar o ex-presidente Bolsonaro de prisão caso levasse seu plano adiante.

Depoimentos dos réus

Nesta terça-feira, 3, aconteceu a última audiência dedicada a ouvir as testemunhas apresentadas por defesas e acusação na Ação Penal sobre a trama golpista que teria tentado manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, após a derrota eleitoral em 2022.

O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, marcou para a próxima segunda-feira (9) o início dos interrogatórios dos oito réus no caso, incluindo o próprio Jair Bolsonaro, e sete de seus ex-ministros e auxiliares próximos, entre civis e militares.