Banco também destacou as oportunidades para o Brasil no atual contexto gobal

O vice-presidente de Política e Economia do Itaú BBA, Luiz Cherman, afirmou, nessa quarta-feira (11), que o Banco Central dificilmente reduzirá a taxa básica de juros para abaixo de dois dígitos no curto prazo. Em evento do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF) em São Paulo, ele explicou que a inflação persistente, especialmente no setor de serviços, impede cortes maiores.

“O Banco Central pode começar a cortar os juros no início do ano que vem, mas o limite será 12,25%”, disse Cherman, apontando para um processo gradual de ajuste da inflação até a meta.

O executivo atribuiu a inflação alta à forte pressão no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego em níveis históricos baixos, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Cherman também destacou oportunidades para o Brasil no cenário global. Com as tensões comerciais entre Estados Unidos e Ásia, o país pode se beneficiar exportando mais manufaturados para os EUA e a Ásia, além de atrair investimentos pela diversificação de portfólios estrangeiros.

“A diversificação para moedas além do dólar é uma tendência entre investidores internacionais”, concluiu o vice-presidente do Itaú BBA.