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Sanções de Trump: políticos cearenses dividem reações entre indignação e celebração

Por Marlyana Lima - Em 31/07/2025 às 12:13 AM

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Trump impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky 

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky, e de estabelecer tarifas de 50% sobre produtos brasileiros provocou reações intensas entre lideranças políticas do Ceará nesta quarta-feira (30). As medidas, que combinam impacto político e econômico, foram vistas por diferentes figuras públicas do estado como um marco preocupante nas relações internacionais e como reflexo da polarização que envolve o cenário brasileiro.

A utilização da Lei Magnitsky, normalmente reservada a casos de violações graves de direitos humanos ou corrupção, elevou o tom das reações e reacendeu debates sobre o papel das instituições e a atuação de políticos brasileiros no exterior. As redes sociais foram usadas para expor posições divergentes.

Governistas criticam EUA

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Ainda se recuperando de uma cirurgia cardíaca, o deputado federal José Guimarães, usou suas redes sociais para se manifestar. Líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, ele criticou duramente a medida. “Trata-se de uma ação articulada entre aliados de Trump e Bolsonaro que tenta deslegitimar o Estado brasileiro. É hora de união em defesa da democracia, da Constituição e do respeito ao Brasil. Não aceitaremos intimidações externas”, postou.

Já o deputado federal Mauro Filho (PDT) fez uma crítica indireta aos parlamentares que, segundo ele, “agem contra os interesses do Brasil”. Para Mauro Filho, é um equívoco usar o cargo para prejudicar o país em vez de defender o bem-estar da população. “O dever de um deputado federal é trabalhar pelo bem do seu país, pelo bem-estar do povo. Ir contra isso é um absurdo!”, declarou.

Oposição celebra “Dia Histórico”

Crítico contumaz do governo petista,  osenador cearense Eduardo Girão considerou o dia como “histórico”. Em nota publicada nas redes sociais, afirmou que a sanção ao ministro Alexandre de Moraes expõe a “ditadura da toga” e defendeu anistia aos “presos políticos” e o impeachment do magistrado. Girão também convocou manifestações populares para o domingo (3), em Fortaleza e outras capitais, alegando que o povo precisa reagir em defesa das liberdades.

O deputado federal André Fernandes (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, reagiu com ironia. “Os EUA terão 48h para explicar o motivo disso?”, escreveu, fazendo alusão a exigências do STF contra seus críticos. Fernandes também compartilhou a informação de que outros sancionados pela mesma lei incluíam um xerife do Talibã e um líder de gangue haitiana, comentando: “Que grupo…”

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