Equidade de gênero
TSE determina que próxima lista tríplice do TRE-RJ será composta exclusivamente por mulheres
Por Julia Fernandes Fraga - Em 07/08/2025 às 4:56 PM

Ministra Cármen Lúcia defende que a lista exclusiva de mulheres é necessária para promover a paridade de gênero – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na sessão desta quinta-feira (7), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que as futuras nomeações para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) deverão ser realizadas a partir de uma lista tríplice composta exclusivamente por advogadas. A decisão foi tomada após o TSE aprovar, também na manhã de hoje, uma lista formada apenas por homens para substituir o desembargador eleitoral Fernando Marques de Campos Cabral Filho.
Ao avaliar a situação, os ministros decidiram aplicar a regra de alternância de gênero nas próximas indicações, conforme estabelece a Resolução 23.746 do TSE. De acordo com a norma, as listas tríplices destinadas ao preenchimento de cargos na Justiça Eleitoral devem conter representantes dos dois gêneros, visando equilibrar a representatividade.
Nesse quesito, o Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou ao presidente Lula, em maio, a primeira lista tríplice composta exclusivamente por mulheres para a vaga de ministra efetiva do Tribunal. Com base nessa indicação, o presidente nomeou a advogada Estela Aranha, que tomou posse esta semana.
Para a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, a lista exclusiva de mulheres é necessária para promover a paridade de gênero no Judiciário e evitar que o tribunal seja formado somente por ministros homens a partir do ano que vem. Em agosto de 2026, em meio ao pleito eleitoral, a ministra deixará o tribunal após cumprir mandato de dois anos.
Agora, após os nomes dos três juristas terem sido aprovados, a listagem será encaminhada ao presidente da República, responsável pela nomeação de um dos advogados indicados.
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