Kim Jong-un, sua esposa e filha participaram em junho da cerimônia que marcou a conclusão do novo resort à beira-mar na Coreia do Norte FOTO: Agência Central de Notícias da Coreia

A Coreia do Norte inaugurou em julho o resort à beira-mar Wonsan Kalma, com capacidade para 20 mil pessoas, mas sem receber turistas estrangeiros, público que o líder Kim Jong-un esperava para ajudar a aliviar os efeitos das sanções internacionais. O local, que antes era usado para exercícios militares, foi transformado em uma área turística com parques aquáticos e hotéis, e é promovido como o “Waikiki da Coreia do Norte”.

Após a imposição de rígidas sanções pelas Nações Unidas em 2017, Kim passou a investir no turismo como uma importante fonte de moeda estrangeira. No entanto, seus planos não se concretizaram como previsto. A pandemia obrigou a Coreia do Norte a fechar suas fronteiras, interrompendo o fluxo anual de cerca de 300 mil turistas chineses. A reabertura em 2023 trouxe visitantes russos, refletindo a aproximação entre Pyongyang e Moscou, mas a China mantém restrições que bloqueiam seus turistas.

O resort tem recebido apenas visitantes locais, como mostram imagens oficiais FOTO: Agência Central de Notícias da Coreia

A Coreia do Sul também não envia mais turistas desde 2008. O resort tem recebido apenas visitantes locais, como mostram imagens oficiais, enquanto a chegada de turistas estrangeiros segue limitada devido a dificuldades logísticas e infraestrutura precária, especialmente para quem vem da Rússia.

Os planos turísticos do governo norte-coreano, que visa captar divisas para compensar as sanções, ainda enfrentam desafios para se concretizar.