Foto: Divulgação/Unesp/Agência Brasil

“A morte é uma sacanagem. Sou cada vez mais contra.” A célebre frase resume o humor ácido com que Luis Fernando Verissimo tratava o tema que agora marca sua despedida. O escritor e cronista morreu neste sábado (30), aos 88 anos, em Porto Alegre (RS), em decorrência de complicações de uma pneumonia. Estava internado desde o dia 11 de agosto na UTI do Hospital Moinhos de Vento.

Nascido em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, Verissimo era filho de Mafalda e do também escritor Erico Verissimo (1905-1975). Ao longo dos anos, enfrentou problemas de saúde como Parkinson, sequelas de um AVC sofrido em 2021 e dificuldades cardíacas, além de ter implantado um marcapasso em 2016.

Obras e legado

Autor de mais de 70 livros e com 5,6 milhões de exemplares vendidos, foi um dos nomes mais populares da literatura brasileira contemporânea. Criou personagens inesquecíveis, como o Analista de Bagé, Ed Mort e a Velhinha de Taubaté, e teve obras adaptadas para a TV, entre elas Comédias da Vida Privada, sucesso na Globo nos anos 1990.

Além da literatura, cultivava paixões pelo jazz — que tocava ao saxofone — e pelo time de futebol Internacional, tema de crônicas e de livros. Colunista de jornais como Zero Hora, O Estado de S.Paulo e O Globo, fez do humor uma lente crítica para olhar a política e o cotidiano brasileiro.

Luis Fernando Verissimo deixa a esposa, Lúcia Helena Massa, com quem estava casado há 61 anos, três filhos e dois netos.

Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.