Em agosto, a fabricante europeia entregou cerca de 60 aviões, número superior ao registrado em igual mês de 2024

A Airbus precisará acelerar o ritmo de produção nos últimos meses do ano para atingir sua meta de entregar 820 aeronaves em 2025. Em agosto, a fabricante europeia entregou cerca de 60 aviões, número superior ao registrado em igual mês de 2024, mas que mantém o acumulado do ano 3% abaixo do desempenho de igual período anterior, somando aproximadamente 433 unidades.

Os resultados oficiais serão divulgados nesta sexta-feira (5), mas analistas avaliam que a empresa enfrenta pressões significativas de sua cadeia de fornecedores, especialmente de motores e componentes de cabine. O cumprimento da meta anual exigirá uma média de 97 entregas mensais entre setembro e dezembro — patamar acima dos recordes históricos de 2018 e 2019, quando a fabricante alcançou cerca de 92 aviões por mês.

Em julho, a Airbus reafirmou a meta de “cerca de 820” entregas em 2025, após ter encerrado 2024 com 766 aeronaves produzidas. Para reduzir atrasos, a empresa tem mantido parte da produção adiantada, montando fuselagens sem motores — chamadas de gliders — que são finalizadas quando os equipamentos ficam disponíveis.

Especialistas destacam que setembro será o grande teste para avaliar a capacidade da companhia de recuperar o ritmo. “Ainda é possível atingir o objetivo, mas o desafio será superar até os melhores desempenhos pré-pandemia”, afirmou Chloe Lemarie, analista da Jefferies. Já Rob Morris, da Cirium, estima que a Airbus deve terminar o ano entre 790 e 800 entregas, abaixo da meta oficial.

Apesar das dificuldades, a Airbus segue à frente da Boeing em volume de entregas no acumulado do ano e deve manter a liderança global no setor de aviação comercial em 2025.