Julgamento da tentativa de golpe

Cármen Lúcia corrige defesa de Ramagem e reafirma confiança nas urnas eletrônicas

Por Julia Fernandes Fraga - Em 02/09/2025 às 6:24 PM

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Ministra Cármen Lúcia integra julgamento de reús do Núcleo 1 da trama golpista. Foto: Gustavo Moreno/STF

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu as falas do advogado Paulo Renato Cintra, defensor do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista, nesta terça (2).

Durante sua sustentação oral, Cintra citou as expressões “voto impresso” e “voto auditável” como sinônimas, ao defender que Ramagem não participou da difusão de desinformação para atacar o sistema eleitoral.

Na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão responsável pela organização das eleições, a ministra afirmou com veemência que o voto impresso e o voto auditável não são a mesma coisa. Ela lembrou ainda que as urnas são auditáveis desde 1996, quando passaram a ser utilizadas nas eleições.

“Vossa Senhoria usou, com muita frequência, como se fosse a mesma coisa, não é. O que foi dito o tempo todo é essa confusão para criar uma [outra] confusão na cabeça da brasileira e do brasileiro, para colocar em xeque”, afirmou a ministra. 

Em seguida, o advogado explicou sua fala e disse que utilizou as expressões voto impresso e auditável como sinônimos porque eram os termos tratados nas conversas de WhatsApp entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, fatos que constam na acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

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