Embate jurídico

MP Eleitoral recusa pedido de prisão de Ciro Gomes, mas sugere restrições

Por Julia Fernandes Fraga - Em 10/09/2025 às 3:00 AM

Ciro Gomes (1)

Ciro Gomes é acusado por agressões verbais a Janaína Farias. Foto: Arquivo Portal IN

O Ministério Público Eleitoral do Ceará (MPE-CE) se manifestou, nessa terça-feira (9), sobre o pedido de prisão preventiva do ex-governador e vice-presidente nacional do PDT, Ciro Gomes. Apesar de descartar a prisão, o órgão defendeu a adoção de medidas cautelares pela Justiça Eleitoral, incluindo a proibição de contato entre Ciro e a prefeita de Crateús, Janaína Farias (PT).

As investigações indicam que Ciro Gomes teria praticado violência política de gênero contra Janaína em abril de 2024, quando ela ocupava interinamente o mandato no Senado Federal, substituindo o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).

O pedido inicial de prisão preventiva havia sido apresentado pela Advocacia do Senado Federal no início de setembro, mas foi rejeitado pela promotoria. Para o MPE, existem elementos suficientes para aplicação de alternativas à prisão, como o comparecimento periódico em juízo para justificar atividades.

A promotora de Justiça Grecianny Carvalho Cordeiro declarou que há “continuidade delitiva do crime atribuído ao denunciado”, o que fundamenta a necessidade de cautelares. A decisão final caberá ao juiz responsável, que ainda não analisou os pedidos.

Defesa nega acusações

A defesa de Ciro Gomes criticou a atuação da Advocacia do Senado, alegando que o pedido de prisão representa tentativa de censura prévia às manifestações do réu.

Os advogados afirmaram que não há elementos que indiquem perigo concreto contra Janaína Farias.

Eles também negaram a prática de violência política de gênero, sustentando que as declarações de Ciro tiveram como alvo a conduta política de Camilo Santana, e não a prefeita de Crateús.

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