Luana Lopes cofundou a Kalshi e transformou uma ideia de mercado de previsões em uma empresa avaliada em US$ 11 bilhões

Aos 29 anos, a brasileira Luana Lopes Lara acaba de conquistar um título raro no universo global dos negócios: tornou-se a bilionária mais jovem do mundo a erguer a própria fortuna. O marco veio após a Kalshi, startup de mercados de previsão fundada por ela e por Tarek Mansour, alcançar avaliação de US$ 11 bilhões em nova rodada de investimentos.

A ascensão meteórica resume uma trajetória marcada por disciplina, rigor e ambição. Antes de entrar no MIT e mergulhar em ciência da computação, Luana viveu uma adolescência em ritmo intenso, dividida entre estudo avançado para olimpíadas acadêmicas e treinamento profissional de balé. Chegou a dançar na Áustria após o ensino médio, mas decidiu trocar os palcos pela tecnologia e empreender nos Estados Unidos.

Foi no MIT que conheceu Mansour, com quem compartilhou estudos e estágios em grandes empresas financeiras. Da convivência nasceu a ideia da Kalshi: uma plataforma onde usuários negociam probabilidades de eventos futuros — de eleições a esportes — de forma direta, algo ainda incomum nos mercados tradicionais.

A startup atraiu atenção imediata. Em poucos meses, sua avaliação saltou de US$ 2 bilhões para US$ 11 bilhões, impulsionada por uma captação de US$ 1 bilhão liderada pela Paradigm, com participação de fundos como Sequoia Capital, Andreessen Horowitz e Y Combinator. Cada fundador detém cerca de 12% do negócio, garantindo a ambos patrimônio estimado em US$ 1,3 bilhão.

O desempenho recente da empresa reforça a confiança dos investidores: o volume negociado na plataforma multiplicou por oito desde julho, alcançando US$ 5,8 bilhões em novembro.

Com isso, Luana não apenas entra para o clube dos bilionários, ela o faz como protagonista. E consolida seu nome como símbolo de inovação em um setor que ganha força no Vale do Silício.