O mercado imobiliário de alto luxo da capital francesa voltou aos holofotes após uma movimentação estratégica do Grupo LVMH, controlado pela família Arnault. Em operações que, juntas, se aproximam de 200 milhões de euros (cerca de 1,29 bilhão), o conglomerado realizou a compra de três imóveis em alguns dos bairros mais exclusivos da chamada Cidade Luz – transações que figuram entre as maiores do setor desde 2024.

Mansões de alto luxo atingem cifras elevadas na capital da França                                 Foto: Divulgação

As negociações foram conduzidas diretamente pelo CEO do grupo, Bernard Arnault, reforçando o caráter estratégico das aquisições, de acordo com informações do Financial Times, . Dois dos imóveis estão localizados no prestigiado 7º Arrondissement de Paris, região que concentra ícones culturais e turísticos como a Torre Eiffel, o Museu Rodin e o Museu d’Orsay.

O negócio de maior valor envolve uma mansão do século XVII, adquirida em março deste ano por 97,5 milhões de euros. A segunda compra na mesma região ocorreu no final de 2024, quando uma residência foi negociada por cerca de 58 milhões de euros. Já a terceira transação refere-se a um triplex no sofisticado 16º Arrondissement, avaliado em 44 milhões de euros, nas imediações do complexo que abriga o torneio de tênis de Roland Garros.

O aquecimento do segmento não se restringe à família Arnault. Ainda segundo o Financial Times, o diretor criativo da Louis Vuitton, Pharrell Williams, também entrou no radar do mercado ao adquirir um imóvel em Paris por 62,5 milhões de euros, reforçando o apetite de grandes nomes do luxo por ativos imobiliários de alto padrão na capital francesa.

Após um período de retração entre 2023 e 2024, provocado pelo ambiente de juros elevados, o segmento de luxo parisiense dá sinais de recuperação. Ainda assim, especialistas apontam que discussões em torno da possível reintrodução de um imposto sobre grandes fortunas seguem como fator de cautela, limitando uma expansão mais acelerada do volume de negócios.

Mesmo diante desse cenário, as recentes aquisições evidenciam que Paris continua a ocupar posição central no imaginário e nas estratégias patrimoniais das grandes fortunas globais – não apenas como destino cultural, mas como um dos mercados imobiliários mais desejados e resilientes do mundo.