Os resultados refletiram pressões específicas em determinados setores do mercado FOTO: Freepik

Apesar da forte alta do principal índice da Bolsa brasileira em 2025, com o Ibovespa subindo cerca de 34,1% no ano, nem todas as ações seguiram essa tendência positiva. Cinco papéis listados na B3 terminaram o ano com quedas superiores a 30%, refletindo pressão específica em determinados setores do mercado.

No topo das perdas está a Raízen (RAIZ4), cujo papel despencou aproximadamente 62% ao longo do ano, ficando cotado na casa dos centavos, em um movimento que combinou resultados operacionais fracos e endividamento elevado.

Logo atrás, Hapvida (HAPV3) registrou baixa de 54,75%, pressionada por resultados financeiros abaixo do esperado e desafios na integração de aquisições recentes.

Outras empresas com quedas expressivas foram: Natura (NATU3), com desvalorização de 40,26%; Braskem (BRKM5), cujas ações caíram 34,09% em 2025; e Cosan (CSAN3), com recuo de 33,67%, completando a lista dos cinco papéis com pior desempenho anual.

Apesar de representarem uma minoria entre os ativos do principal índice — 17 ações fecharam o ano em queda — esses resultados evidenciam a assimetria entre setores e empresas no mercado acionário brasileiro em 2025.

Analistas apontam que, enquanto segmentos ligados a consumo discreto e serviços financeiros cresceram, empresas com desequilíbrio operacional ou estrutura de capital mais frágil sofreram maior aversão por parte dos investidores.